Ano 20

14a Cineop -Cerimônia de Abertura

Crédito: Leo Lara/Universo Produção
"Territórios Regionais, Inquietações Históricas". Essa é a temática central da 14a Cineop - Mostra de Cinema de Ouro Preto que, de 5 a 10 de junho, permeia toda a programação

Território é espaço? Território é fronteira? Território é identidade? Todas essas e muitas outras inquietações foram levadas ao palco do belo Cine Vila Rica ontem à noite, 6, na abertura oficial da Mostra. E que, mais uma vez, teve direção de Chico de Paula e Grazi Medrado.

Se a Universo conseguiu dar uma identidade autoral e plenamente identificável e reconhecida para o seu circuito de mostras - as outras duas são Mostra de Cinema de Tiradentes a a CineBH  - apostar continuamente, como tem feito em suas última edições, na dobradinha Paula e Medrado é mesmo um acerto. Tanto é que, há muito, as aberturas das Mostras têm sido momentos esperados, sobretudo pela pulsão e pelo tônus que os dois parceiros e artistas vêm colocado em cena.

A doçura elétrica de Chico e altivez de Grazi, ambos artistas de reconhecidas trajetórias, tê feito das aberturas das Mostras da Universo em momentos de forte e potente acento político e social aliado à arte pulsante e indesviável de olhares líricos e achados éticos/estéticos de afirmação.

Ontem, na 14a Cineop, não foi diferente. Discutir, refletir, dissecar e banhar feridas em bálsamo pela denúncia e pela arte em cena a partir dos Territórios revelou-se signo e materialidade acachapantes.

Mãe-Terra, Território Mulher. De inquietações para constatações, afirmações e denominações, a performance audiovisual apresentada na noite de ontem sagrou-se mais um capítulo de, ao mesmo tempo, registro e saudação de luta. Como diria Maria Bethânia, em momento de Festa, Amor e Devoção.

E por falar na abelha Rainha, dois momentos lindos e inesperados de sua trajetória musical foram os convites para participações em seus discos, primeiro de Alcione, ainda nos anos 1970, e depois de Sandra de Sá nos anos 1980. Para ambas, Bethânia saudou o canto quente de ambas, o canto terra. E é essa imagem sensorial de Bethânia vem à mente, ao coração e aos sentidos, vendo a majestosa atriz Rejane Faria no palco como mestre de cerimônia.

Se Rejane é, por si só, presença hipnotizante, sua voz impregna alma, coração e mente, e, como diria o poeta, impávida com Bruce Lee e, mais ainda, apaixonadamente como Peri. Rejane tem essa voz quente, essa voz de terra, essa voz que nos abraça, que ralha conosco, e, sobretudo, que nos ama. É voz-mãe!

Outro acerto da direção foi colocar também em cena Marcelo Xibil Ramos, Adrianna e Marcelo Ricardo. Contação de história é aposta arriscada, pois depende, e muito, não só do relatado, mas de quem faz o relato. E Xibil Ramos se valeu de texto de denúncia urgente, mas sem abrir mão do lirismo. Já Adrianna e Ramos seduziram a plateia não só pela qualidade e teor das canções como também pelas vozes quentes e performances de atitude - sobretudo Adrianna em seu número musical solo.

E, como não poderia deixar de ser, destaque absoluto outra vez com Rejane Faria outorgando o Território Mulher.

Tudo isso orquestrado pela trilha sonora ao vivo de Barulhista.

Mais uma abertura para não se esquecer.


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SERVIÇO
 14ª CINEOP - MOSTRA DE CINEMA DE OURO PRETO | 5 a 10 de junho de 2019 
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Patrocínio:  CEMIG |GOVERNO DE MINAS GERAIS
Parceria Cultural: Sesc em Minas
Parceria: Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP
Apoio: Oi, Instituto Universo Cultural, Café 3 Corações, Prefeitura de Ouro Preto, Embaixada da França no Brasil, Rede Globo Minas, Centro de Artes e Convenções de Ouro Preto, Canal Brasil, TV Escola e PMMG
Incentivo: SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA| MINAS GERAIS
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Cine Vila Rica
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Sala 
 Betty Faria
Com amor profundo pelo cinema, premiada em vários festivais no Brasil e no exterior