Equipe de Sequizágua (2020), de Maurício Rezende, na apresentação do filme no Cine Tenda
Começou ontem, 27, segunda, a Mostra Aurora, o recorte mais importante e mais esperado da Mostra de Cinema de Tiradentes.
Criada em 2008, a Mostra Aurora é competitiva e premia até terceiros filmes de cineastas. O primeiro filme premiado foi Meu nome é Dindi, de Bruno Safadi. e de lá para cá cineastas como Felipe Bragança, Tiago Mata Machado, Adirley Queirós, Maria Clara Escobar, Affonso Uchoa e Alan Ribeiro faturaram o troféu.
Nesta 23a edição, disputam a Aurora oito filme de cinco estados. São eles:
- “Cabeça de Nêgo” (CE), de Déo Cardoso; “Cadê Edson?” (DF), de Dácia Ibiapina; “Mascarados” (GO), de Marcela Borela e Henrique Borela; “Pão e Gente” (SP), de Renan Rovida; “Ontem Havia Coisas Estranhas no Céu” (SP), de Bruno Risas; “Canto dos Ossos” (CE), de Jorge Polo e Petrus de Bairros; “Natureza Morta” (MG), de Clarissa Ramalho; e “Sequizágua” (MG), de Maurício Rezende.
Segundo os organizadores, "Os filmes selecionados pelos curadores Francis Vogner dos Reis e Lila Foster dialogam com a temática desta edição, “A imaginação como potência”, e serão avaliados pelo Júri da Crítica, formado por pesquisadores, críticos e professores. O ganhador da Aurora leva o Troféu Barroco e prêmios oferecidos por parceiros da Mostra".
O mineiro Sequizágua (2020) foi o primeiro filme apresentado. Ficção de 86 minutos dirigida por Maurício Rezende, com roteiro de Affonso Uchoa, produção executiva de Alcione Rezende e Janaína Macruz, e direção de produção de Janaína Macruz, o filme reúne as produtoras Filmes de Quintal, Katasia Filmes, Sinergia Produções e Sem Rumo.
A história acontece em um assentamento agroextrativista no cerrado mineiro, marcado pelas dificuldades com a falta de chuva.
De um lado, os mais velhos, guardiões dos conhecimentos tradicionais, tentam manter viva a sua cultura e o seu repasse aos mais jovens. Por outro, as crianças e a juventude se formam e se divertem como pode, com a possibilidade do êxodo pairando como futuro para suas vidas.
Sequizágua tem, sobretudo, na trinca de irmãos Débora Anjos dos Santos, Guilherme Anjos dos Santos e Vitor Daniel Anjo dos Santos, mais o mestre João Marcos Barbosas, as personificações desses três perfis de personagens, jovem, crianças e velho, como sujeitos subjugados à uma vida difícil e árida pela resposta da natureza frente ao modo de vida predatório do homem.
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23a Mostra de Cinema de Tiradentes
De 24 de janeiro a 1 de fevereiro
Programação completa e gratuita
www.mostratiradentes.com.br