Crédito: Leo Lara - Universo Produção
E a produção de Contagem bombou na premiação da 17ª Mostra de Cinema de Tiradentes, que se encerrou no sábado, 01, e atraiu um público de cerca de 35 mil pessoas.
A vizinhança do tigre, de Affonso Uchoa, produzido e rodado na cidade - mais especificamente no bairro Nacional -, saiu duplamente vitorioso: Prêmio da Crítica e Prêmio do Júri Jovem.
Quinze, de Maurílio Martins, também produzido (Filmes de Plástico) e rodado em Contagem, levou o Prêmio de Aquisição Canal Brasil.
Como apontado aqui no Mulheres, na categoria curtas os grandes páreos para Quinze eram as produções paulistas E, de Alexandre Wahrfting, Helena Ungarettti e Miguel Antunes Ramos, e Coice no peito, de Renan Rovida.
E foi o vencedor do Prêmio da Crítica e Coice no peito recebeu menção honrosa.
Do Distrito Federal, o acachapante Branco sai preto fica, de Adirley Queirós, recebeu dupla menção honrosa, pelo Júri da Crítica e Júri Jovem.
Já o Prêmio do Júri Popular consagrou o curta Diários daltônicos, de Patrícia Monegatto, produção de Santa Catarina, e o longa Cidade de Deus 10 anos depois, produção carioca dirigida por Cavi Borges e Luciano Vidigal.
A dupla premiação para A vizinhança do tigre e o prêmio do Canal Brasil para Quinze projetam a produção de Contagem, cidade que vem se configurando com importante polo em Minas Gerais - o produtor Thiago Macedo Correia (Filmes de Plástico), inclusive, assina a produção dos dois filmes - Quinze é da Filmes, já A vizinhança é de outra produtora.
Já as mulheres, que marcaram presença em vários filmes exibidos nos diferentes formatos, foram premiadas nos curtas:
- Helena Ungarettti pela codireção de E
- Patrícia Monegatto pela direção de Diários daltônicos
O último dia da 17ª Mostra de Cinema de Tirandentes exibiu mais filmes e o Mulheres do Cinema Brasileiro acompanhou o projeto Sônia Silk, formado por dois longas rodados pela mesma equipe e atores durante duas semanas: O Rio nos pertence, dirigido por Ricardo Pretti, e O uivo da gaita, dirigido por Bruno Safadi.
As atrizes Leandra Leal e Mariana Ximenes protagonizam os dois filmes ao lado do ator Jiddu Pinheiro.
Se em O Rio nos pertence a principal personagem é interpretada por Leandra Leal, uma mulher marcada pelo suicídio dos pais e uma possível ameaça que a persegue, em O uivo da gata Mariana Ximenes é uma mulher dividida entre o marido e a amante.
O Projeto Sonia Silk é inspirado no modelo de produção da Belair, produtora carioca de Rogério Sganzerla e Julio Bressane, que em poucos meses realizaram sete filmes. O nome Sonia Silk é uma homenagem à personagem de Helena Ignez em um deles, Copacabana mon amour, de Sganzerla.