Redenção, 1959, Roberto Pires
Primeiro longa de ficção baiano
Como a década focalizada desta 6ª Cineop - Mostra de Cinema de Ouro Preto é a de 1950, com atenção paras as chanchadas, isso não impediu a curadoria de programar um filme contemporâneo ao cinema carioca, só que feito na Bahia e com temática completamente diversa. Estou falando de Redenção, do GRANDE cineasta baiano Roberto Pires. Realizado em 1959, Redenção foi o primeiro longa de ficção do cinema baiano, que com seus 57 minutos é apresentado como média na programação, mas é um longa na medição da época, segundo Petrus Pires, filho do cineasta presente na exibição. Redenção sempre foi filme que esse escriba sonhava em assistir, e a oportunidade ontem realmente foi única, que foi assisti-lo pela primeira vez e em telão.
Protagonizado por Geraldo Del Rey e Braga Neto, o filme coloca em cena o encontro entre um psicopata e dois amigos - um deles em liberdade condicional, e o outro namorado de Maria Caldas, vítima do malucão. A história é bem contada, mas o que chama atenção mesmo é o domínio de cena do cineasta, e, sobretudo, suas inovações técnicas: Redenção foi filmado em cinemascope, em lente criada por Pires. Roberto Pires tem filmografia impactante, com títulos como A Grande Feira, Tocaia no Asfalto e A Máscara da Traição. É cineasta de ponta, ainda que pouco reverenciado em sua magnitude. Petrus Pires, filho do cineata, está a frente de projeto de restauração de toda a obra do pai, o que é grande notícia. Redenção já foi restaurado -cópia que assistimos ontem - e segundo Petrus era filme dado como desaparecido, até descobrir uma única cópia em 16mm.
domingo, 19 de junho de 2011.
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Como a década focalizada desta 6ª Cineop - Mostra de Cinema de Ouro Preto é a de 1950, com atenção paras as chanchadas, isso não impediu a curadoria de programar um filme contemporâneo ao cinema carioca, só que feito na Bahia e com temática completamente diversa. Estou falando de Redenção, do GRANDE cineasta baiano Roberto Pires. Realizado em 1959, Redenção foi o primeiro longa de ficção do cinema baiano, que com seus 57 minutos é apresentado como média na programação, mas é um longa na medição da época, segundo Petrus Pires, filho do cineasta presente na exibição. Redenção sempre foi filme que esse escriba sonhava em assistir, e a oportunidade ontem realmente foi única, que foi assisti-lo pela primeira vez e em telão.
Protagonizado por Geraldo Del Rey e Braga Neto, o filme coloca em cena o encontro entre um psicopata e dois amigos - um deles em liberdade condicional, e o outro namorado de Maria Caldas, vítima do malucão. A história é bem contada, mas o que chama atenção mesmo é o domínio de cena do cineasta, e, sobretudo, suas inovações técnicas: Redenção foi filmado em cinemascope, em lente criada por Pires. Roberto Pires tem filmografia impactante, com títulos como A Grande Feira, Tocaia no Asfalto e A Máscara da Traição. É cineasta de ponta, ainda que pouco reverenciado em sua magnitude. Petrus Pires, filho do cineata, está a frente de projeto de restauração de toda a obra do pai, o que é grande notícia. Redenção já foi restaurado -cópia que assistimos ontem - e segundo Petrus era filme dado como desaparecido, até descobrir uma única cópia em 16mm.
domingo, 19 de junho de 2011.