Ano 21

Claudia Mesquita

Nascida em Belo Horizonte (MG), Cláudia Mesquita transita entre o cinema e a Academia, atuando como professora. Graduada em comunicação, especializou-se em cinema.. “Trabalhei em jornais impressos, jornais diários, e sofri bastante nessa época, acho que pela minha maneira de lidar com as coisas. Na minha graduação na UFMG eu terminei o curso com um documentário, nosso projeto de fim de curso,, meu, da Anna karina Bartolomeu e da Tânia Caliato. O nome do documentário é Terra da Lua,  de 1992. Então depois de uns anos atuando na imprensa diária eu acabei voltando ao Terra da Lua, e a essa experiência, a essa possibilidade de produzir alguma coisa, algum pensamento, alguma expressão, que o cinema documental me parecia oferecer”.

Cláudia Mesquita tem uma trajetória extensa como professora na Academia. “Antes eu era professora na Universidade Federal de Santa Catarina, lá eu dei aula durante quase quatro anos, no curso de graduação em Cinema. Então lá eu dava as disciplinas mais especificamente cinematográficas, voltadas para alunos de cinema, Cinema Brasileiro, Análise Fílmica, Cinema Documentário, que é a minha praia mesmo em termos de pesquisa. E outras como Produção e Linguagem do Cinema. Na UFMG, como é para um curso de Comunicação, eu também dou aulas que têm a ver com o audiovisual, mas são disciplinas mais introdutórias. Então eu dou uma oficina de narrativa de audiovisual para que os estudantes se familiarizem com a linguagem,  e um laboratório de cinema e documentário, que também trabalha realização em paralelo com formação histórica de repertório. Me credenciei na pós-graduação, então, provavelmente, darei disciplinas mais específicas na pós aqui para frente”.

Cláudia Mesquita dirigiu, em 2008, junto com Júnia Torres, o longa Nos olhos de Marquinha. “... essa coisa do tempo que se precisa para que as pessoas não sejam só objeto do olhar, sabe, o tempo que demanda para que elas se sintam à vontade para fazerem o filme delas também. Com o Nos olhos de Mariquinha, que é um filme mais recente, de 2008, que eu dirigi com a Júnia Torres, isso é muito forte. Principalmente por causa da relação anterior que a Júnia tinha com ela, a Júnia era amiga há muitos anos da Dona Mariquinha, que atuou muito fortemente no processo da legalização da Rádio Favela, o filho dela, que já morreu, ajudou lá na criação da Rádio. Eu acho isso muito importante, o quanto essa relação anterior com a Júnia permitiu que a Dona Mariquinha se sentisse mais à vontade para fazer para que o filme fosse dela também”.

Cláudia Mesquita esteve na Mostra de Cinema de Tiradentes e conversou com o Mulheres do Cinema Brasileiro. Falou da formação, da trajetória acadêmica como professora, da atuação no audiovisual, do filme Nos olhos de Mariquinha e outros filmes, e muito mais.



Mulheres do Cinema Brasileiro: Para começar onde você nasceu e qual a sua formação?

Claudia Mesquita: Belo Horizonte. Eu estudei Comunicação Social na UFMG, depois fiz mestrado e doutorado na Escola de Comunicação e Artes da USP, já estudando cinema mesmo, cinema brasileiro especificamente. Continuei estudando e considero mesmo minha atuação como professora. A graduação foi entre 1988 e 1992, o mestrado acho que entre 1998 e 2002, e o doutorado entre 2002 e 2006.

MCB: A escolha pelo cinema se deu quando e como? Porque você trafega nas duas áreas, na academia e na realização.

CM: Não são poucos os que fazem esse percurso, assim com uma insatisfação muito pessoal com o jornalismo, uma dificuldade de trabalhar na imprensa diária, dificuldade pela sensação de não estar fazendo as coisas como queria, bem feitas. Trabalhei em jornais impressos, jornais diários, e sofri bastante nessa época, acho que pela minha maneira de lidar com as coisas. Na minha graduação na UFMG eu terminei o curso com um documentário, nosso projeto de fim de curso,, meu, da Anna karina Bartolomeu e da Tânia Caliato. O nome do documentário é Terra da Lua,  de 1992. Então depois de uns anos atuando na imprensa diária eu acabei voltando ao Terra da Lua, e a essa experiência, a essa possibilidade de produzir alguma coisa, algum pensamento, alguma expressão, que o cinema documental me parecia oferecer. Aí eu fui fazer mestrado na ECA/USP e fiz um filme, que é um projeto de realização e de reflexão, juntos. 

MCB: Qual o nome e em que ano?         
                                      
CM: A Folia de Adão, em 2001. Depois, me embalei no Doutorado e acabei conseguindo, progressivamente, fazer essa passagem entre trabalho como jornalista e a Academia.

MCB: Foi difícil, ou foi muito diferente do que você imaginava? Você saindo da comunicação e depois entrando mais profundamente no cinema, tanto pela via acadêmica, como também produzindo e acompanhando as discussões, participando de festivais, de mostras. Era isso mesmo que você queria, ou, ainda, você achou o seu lugar?

CM: Ah, não sei se eu queria. Eu não tinha assim uma ideia objetiva do que eu queria não, eu fui descobrindo fazendo. Eu me sinto muito bem, muito confortável na universidade, eu não gostaria de fazer outra coisa não. E talvez o limite que a universidade pública, principalmente, coloca, porque você tem que se engajar não só no ensino, mas na administração, na pesquisa. É uma atuação muito complexa, eu acho assim, que a universidade pública exige de quem é professor, e que eu acho bom também. Só que ela acaba dificultando um pouco a realização, você se engajar na realização, pelo menos para mim, talvez pelo meu ritmo e tal, então é difícil  ser realizadora e professora ao mesmo tempo. Eu noto que muita gente que começa, que entra no magistério público, acaba abrindo mão um pouco, ou então virando meio bissexto, fazendo filme às vezes. É o meu caso, eu não sou uma realizadora frequente, mas eu não me sinto desconfortável nessa posição não, porque eu gosto muito da Universidade, gosto muito de ser professora particularmente, sabe.

MCB: Suas disciplinas variam muito? Fala um pouco sobre essa experiência como
professora.

CM: Antes eu era professora na Universidade Federal de Santa Catarina, lá eu dei aula durante quase quatro anos, no curso de graduação em Cinema. Então lá eu dava as disciplinas mais especificamente cinematográficas, voltadas para alunos de cinema, Cinema Brasileiro, Análise Fílmica, Cinema Documentário, que é a minha praia mesmo em termos de pesquisa. E outras como Produção e Linguagem do Cinema. Na UFMG, como é para um curso de Comunicação, eu também dou aulas que tem a ver com o audiovisual, mas são disciplinas mais introdutórias. Então eu dou uma oficina de narrativa de audiovisual para que os estudantes se familiarizem com a linguagem,  e um laboratório de cinema e documentário, que também trabalha realização em paralelo com formação histórica de repertório. Me credenciei na pós-graduação, então, provavelmente, darei disciplinas mais específicas na pós aqui para frente.

MCB: Vamos falar agora sobre o outro lado, o da realizadora.

CM: Bom, esse primeiro filme que eu fiz foi ainda na universidade com minhas amigas, foi trabalho de conclusão de curso, e se chama Terra da Lua. É um filme que aborda duas famílias moradoras da Zona da Mata Mineira, o lugar se chama Araponga. Famílias que conviviam de jeitos diferentes em um lugar muito isolado, zona rural, e conviviam com a mudança, com a modernização. A gente trabalha muito assim com o imaginário tradicional em processo de transformação, claro que ele está sempre em um processo de transformação, mas naquele momento histórico com a chegada da TV, como as pessoas elaboravam as suas histórias, os pensamentos sobre si mesmas, a partir dessas  referências. Foi um filme muito legal de fazer, foi uma verdadeira introdução, esse universo possível do documental. Aquilo que você vai fazer depende muito da relação que você estabelece com as pessoas, tudo depende muito das relações, as relações se dão no tempo, é tudo muito delicado, a maneira como aquilo que o filme registra em certo sentido, ainda que isso não apareça explicitamente, é um resultado dessa relação.

MCB: Quando você fala dessa relação de pessoas, você está falando de equipe e do objeto?

CM: É, equipe e as pessoas filmadas.

MCB: Porque eu percebo isso no Nos olhos de Mariquinha. É claro que em todo lugar que você está tem uma interferência, mas há, ali, uma delicadeza com aqueles personagens, de tentar que a interferência não seja na vertical, é isso?

CM: Sim, essa coisa do tempo que se precisa para que as pessoas não sejam só objeto do olhar, sabe, o tempo que demanda para que elas se sintam à vontade para fazerem o filme delas também. Com o Aos olhos de dona Mariquinha, que é um filme mais recente, de 2008, que eu dirigi com a Júnia Torres, isso é muito forte. Principalmente por causa da relação anterior que a Júnia tinha com ela, a Júnia era amiga há muitos anos da Dona Mariquinha, que atuou muito fortemente no processo da legalização da Rádio Favela, o filho dela, que já morreu, ajudou lá na criação da Rádio. Eu acho isso muito importante, o quanto essa relação anterior com a Júnia permitiu que a Dona Mariquinha se sentisse mais à vontade para fazer para que o filme fosse dela também.

MCB: Vamos então voltar aos filmes anteriores.

CM: Certo. Então, o Terra da lua também se estabelecia numa relação prévia com a Ana Karina, minha amiga e parceira que fez a fotografia do filme e dirigiu também. Ela faz a fotografia de Nos olhos de Mariquinha também, inclusive. Ela tinha uma relação com as pessoas deste lugar, ela frequentava, acampava no lugar, e tinha uma amizade antiga ali estabelecida com essas famílias. depois fizemos o Folia de Adão. Quer dizer, eu fiz antes um filme com uma Bolsa Vitae de apoio ao jovem realizador de vídeo na época que se chama O lago do Gino de 1998, que é um filme sobre pessoas que moravam na beira de lagos, igarapés e rios, as margens ali do Rio Trombeta, no Amazonas, no Pará, e que eram remanescentes de quilombos. Focalizando mais o imaginários delas, imaginários em um certo momento histórico, sempre mudando, sempre em transformação, nesse caso pela presença de agentes modernizadores também de uma mineradora muito próxima. E do Ibama, que buscava preservar o que a mineradora destruía, enfim, todo mundo e seus pensamentos e suas formas de viver e ver o mundo atingidas por essas referências novas. Em 2001, tem o Folia de Adão, que é um filme mais observacional, a Ana Karina fez a câmera também, acompanhando uma Folia de Reis chefiada pelo Seu Adão, que não é vivo mais, infelizmente, na zona rural no município de São Francisco, no Norte de Minas. Eles faziam um percurso difícil para eles, porque cada vez menos a folia tinha acolhida, tinha recepção. Eles tentavam quase que uma viagem ao passado, quando a folia tinha uma presença mais plena no município, mas uma viagem impossível, né, ao passado. Apresentei esse filme junto ao mestrado lá na ECA. Fiz também  uns filminhos caseiros, amadores, homenagens,.

MCB: Homenagem a quem, por exemplo?

CM: Fiz um filme para a minha mãe quando ela fez 80 anos. Gosto muito  disso, de filmes caseiros, que você pode fazer do seu jeito sem nenhum tipo de censura, sem assumir o lugar de auto-censura. Fiz também um filme homenagem que entrou em um extra de DVD de um grupo de música que meu irmão tem e que completou 30 anos de história. Grupo Imbuia, é lá de Pouso Alegre, no Sul de Minas. Eu fiz como uma memória, um registro desse processo de gravação do DVD para eles.

MCB: É difícil dirigir em parceria? Porque imagino que tenha a cumplicidade do olhar, tem as facilidades inclusive de produção, mas também tem a escolha final, não é isso? É difícil abrir mão, conciliar?

CM: É, o lado bom é esse mesmo que você mencionou, muito bom ser parceiro, ter cumplicidade, fazer junto, isso dá um apoio, uma vontade de fazer, porque solitário é fogo. Às vezes as situações são difíceis e a gente fala “Por que eu estou fazendo isso, onde que eu fui me meter?”. Tendo alguém junto pelo menos você tem um apoio ali do parceiro, para mim isso é fundamental, gosto muito de fazer as coisas juntas com as outras pessoas. Mas a dificuldade é essa mesma, eu sinto que os filmes são um pouco híbridos de desejos diferentes, eles são resultados dessa parceria nesse sentido, sabe, eles tem uma unidade difícil. Talvez o Folia de Adão menos porque eu era a diretora e a Ana Karina só fez a fotografia, eu acabei impondo mais o meu jeito, a minha vontade.  Mas o Nos olhos de dona Mariquinha eu gosto muito, adorei ter feito, mas é um filme muito híbrido, de diferentes movimentos que convivem ali. Faz parte do processo e do resultado, está lá dentro assim esses diferentes jeitos de dirigir um filme sobre a Dona Mariquinha.

MCB: Você me disse lá atrás que a aproximação da Júnia com a Dona Mariquinha facilitou a confiança. As filmagens foram difíceis?

CM: Ah, sem dúvida, nesse caso é necessário essa relação anterior.  Quanto às filmagens, aí teve momentos difíceis. Engraçado que a dificuldade tinha a ver assim em ter paciência, sabe, porque a gente tinha definido como uma das metodologia de abordagem a gente tentar acompanhar mesmo a Dona Mariquinha na sua rotina. É uma rotina de uma senhora idosa, com poucos acontecimentos, é tudo tão pequeno, sai de casa vai para outra casa cuidar dos bichos, volta, tudo tão diminuto assim. Então a dificuldade tinha a ver com isso, com  ter paciência para olhar para aquela miudeza assim, querendo buscar falas extraordinárias, entrevistas com fulano, sicrano, sabe, então foi nesse sentido. Foi mais difícil de lidar mesmo, embora eu goste que tenha sido assim. Inclusive, a princípio, foi a Júnia mesmo que foi firme em manter as coisas dessa forma. Teve momentos mais difíceis, de filmar na favela, pois teve uma morte lá e a gente acabou acompanhando a Dona Mariquinha, muito angustiada, buscando informações. Ela desconfiava que o filho, um neto que era um pouco filho, porque ela ajudou a criar,  poderia ter morrido. Então tem uma, um momento de tensão, de dificuldade, de clima mais convulsionado no lugar, naquele dia. Mas a gente estava com ela, e estar com ela era meio um aval assim, atravessar tudo ali, né, em termos territoriais. Ela era uma pessoa muito respeitada, além disso uma idosa, uma mãe, ela meio que imune à agressividades contra ela. 

MCB: E as tramas ficcionais? Te interessam?

CM: Eu gosto muito de ficção, cada vez mais tenho interesse em analisar, estudar. Eu gosto muito desses filmes que ensaiam a fronteira entre a ficção e o documentário, que brincam um pouco com isso, sabe. Então, cada vez mais, tem me interessado, mas eu acho que tenho pouca imaginação, estou procurando no mundo as histórias porque não consigo tirá-las da própria cabeça. Então nunca realmente consegui desejar um projeto ficcional,, quem sabe um dia.

MCB: Agora, para você que trafega no cinema e na Academia, uma pergunta polêmica: você acredita que exista olhar feminino no cinema?

CM: Nossa, essa pergunta é difícil! Engraçado que ontem eu estava conversando com a Ilana Feldman.. A gente estava falando sobre isso, eu me identifico totalmente com o que ela me disse. Eu tenho alergia a essa coisa de demarcação muito convencional do feminino, sabe, não gosto. Eu nunca goste de pensar, por exemplo, o cinema a partir de um critério de gênero, nunca fiz uma pesquisa sobre o cinema feminino, essas coisa. E nem  pensar, por eu ser uma mulher, estar fazendo uma coisa diferente ou especial, ou distintiva, realmente nunca tive esse ímpeto, esse tipo de reflexão. Mas eu comecei a sentir necessidade de pensar um pouco melhor, sem me encaixar nesses estudos estabelecidos, estudos culturais, tentar pensar melhor no feminino. Por exemplo, o filme da Marília Rocha, A Falta que me faz. Então eu andei lendo umas coisas assim de psicanálise. principalmente, sobre a condição do feminino, sobre o lugar do feminino, tentando encontrar instrumentos para pensar nas particularidades daquele filme, daquele olhar, sabe, daquele universo das meninas que ele acaba por abordar. Então com muita cautela para não engessar o feminino, para não transformá-lo em uma categoria. Eu tenho sentido mais vontade de pensar o feminino, o olhar feminino, talvez isso já um pouco na direção do que a Ilana me disse do feminino, justamente como aquilo que não se enquadra, aquilo que desenquadra, que vai contra o estabelecido, o convencional, normas,  regras sociais, mais terrestre, mais cotidiano, e menos convencionado. Nesse sentido me interessa o feminino sim, embora seja bem recente essa vontade de aproximação a um supostamente olhar feminino.

MCB: Você participa de muitos festivais e participa de muitas mesas de discussão. Você percebe uma mudança, um momento específico do cinema brasileiro atual fora daquelas classificações de Retomada e Pós-Retomada? Falando com a plateia,  você consegue ver na percepção dela um outro entendimento sobre o cinema brasileiro que está sendo feito hoje? Você acha que o pensamento vem avançando?

AM: Eu acho que sim, apesar de que a gente acaba frequentando um pouco os guetos de discussões cinematográficas. Não sei se é uma coisa otimista da minha parte, mas eu acho que melhorou muito assim.

MCB: E nos alunos? 

AM: Melhorou muito. É uma retroalimentação, tem mais essa questão da crítica fazendo mais efeito sobre a realização, e vice-versa, tem uma conversa real, eu acho alimentando essa produção recente. A a produção está ficando mais sofisticada porque a discussão é mais sofisticada também, tenho notado um maior interesse agora dos alunos. Tive alunos excelentes lá em Santa Catarina, extremamente inquietos, até maduros. Tem uma geração muito interessante ai, sabe, de vinte e poucos anos, um pessoal muito bem informado, não só na Universidade. Um grupo bacana de pessoas participando dos debates, uma cena forte que agrega realização e pensamento,, as perspectivas são otimistas.

MCB: Para terminar, as duas únicas perguntas fixas do site: qual foi o último filme brasileiro a que você assistiu?

AM: Tropa de Elite 2.

MCB: Qual mulher do cinema brasileiro, de qualquer época e de qualquer área, você deixa registrado na sua entrevista como uma homenagem e o porquê?

AM: Ah, pensei em duas.

MCB: Pode ser.

AM: Ana Carolina, diretora formidável, adoro. E a Marília Rocha, que eu tenho proximidade afetiva, inclusive. Uma jovem diretora que tem, parece-me, três longas, né, uma produção já de grande qualidade, uma produção promissora,  acho que vem muita coisa boa por aí.

MCB: Obrigado pela entrevista.


Entrevista realizada durante a Mostra de Cinema de Tiradentes.
Foto atualizada: Divulgação

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 Sala Dina Sfat
Atriz intensa nas telas e de personalidade forte, com falas polêmicas.