Antônia Marzulo
*13 de junho de 1894, +25 de agosto de 1969 - *Rio de Janeiro - RJ
Cena de O ébrio, 1946, Gilda de Abreu
A atriz Antônia Marzullo é um nome importante das artes cênicas e do cinema brasileiro, veículo em que levou seu talento para quase duas dezenas de filmes. Além disso, é matriarca de uma família de grandes mulheres artistas – é mãe das atrizes Dinah e Dinorah Marzullo, e avó de Marília e Sandra Pêra.
Antônia Marzullo tem longa carreira no teatro e no cinema. Nos palcos, atuou em vários espetáculos, sendo que em algumas Revistas assinadas pelo seu genro, o jornalista, escritor, poeta, compositor e caricaturista Nestor Tangerini, como No tabuleiro da baiana e Gol! – Nestor Tangerini foi casado com Dinah Marzullo Tangerini, cujo filho, Nelson Marzullo Tangerini, é quem cuida da preservação da memória da família. Antônia Marzullo estréia no cinema na década de 1930, atuando no clássico Favella dos meus amores (1935), do mestre Humberto Mauro, e em João ninguém (1937), de Mesquitinha. Nos anos 40 marca presença em várias produções da Cinédia, estúdio carioca do jornalista e cineasta Adhemar Gonzaga, que também a dirige em Loucos por música, como a dona da pensão.
É na Cinédia que Antônia Marzullo vai atuar em dois clássicos, ambos dirigidos pela cineasta Gilda de Abreu: O ébrio (1946), em que interpreta Lindoca; e Pinguinho de gente, como uma das tias. A atriz participa também da mais ambiciosa produção da atriz, cineasta e produtora Carmen Santos, Inconfidência mineira. Antônia Marzullo segue carreira no cinema nacional até a década de 60, atuando em filmes de diretores importantes, como Carlos Hugo Christensen, Eurídes Ramos, J.B Tanko e Eduardo Coutinho.
Filmografia
Favella dos meus amores, 1935, Humberto MauroJoão ninguém, 1937, MesquitinhaO ébrio, 1946, Gilda de AbreuInconfidência mineira, 1948, Carmen SantosPinguinho de gente, 1949, Gilda de AbreuLoucos por música, 1950, Adhemar GonzagaUm beijo roubado, 1950, Leo MertenBalança mas não cai, 1953, Paulo WanderleyMãos sangrentas, 1955, Carlos Hugo ChristensenO diamante, 1956, Eurídes RamosBonitinha, mas ordinária, 1963, Billy DavisSamba, 1965, Rafael GilO menino e o vento, 1967, Carlos Hugo ChristensenMassacre no supermercado, 1968, J.B. TankoO homem que comprou o mundo, 1968, Eduardo CoutinhoAs aventuras de chico valente, 1968, Ronaldo LupoComo vai, vai bem?, episódio Santinha do encantado, 1969, Daniel Chutorlanscy
Crédito da foto: 50 Anos de Cinédia, de Alice Gonzaga
Cena de O ébrio, 1946, Gilda de Abreu