Belmira de Almeida
*31 de dezembro de 1895, +02 de dezembro de 1974 - Lisboa - Portugal
Cena de Samba da vida, 1937, Luiz de Barros
Nas primeiras décadas do século passado, o Brasil recebeu várias companhias de teatro, ópera e astros populares que incluíam o país na rota de suas turnês. E não foi uma nem duas vezes que alguns desses artistas acabaram se fixando no país e desenvolvendo carreira por aqui. Como a portuguesa Belmira de Almeida.
Belmira de Almeida iniciou sua carreira artística no teatro, ainda em Portugal. Segundo registro do Dicionário de Atores e Atrizes, a artista vem com sua companhia em 1910 se apresentar no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro, e com o sucesso obtido permanece no país. Estreia no cinema ainda na década de 10, e atua nos filmes A viuvinha do cinema, de Leopoldo Froes, e Entre dois amores, de Paulino Botelho. Na década de 30, o jornalista, produtor e cineasta Adhemar Gonzaga funda no Rio de Janeiro a Cinédia, o maior estúdio cinematográfico da época, e a atriz integra o cast da companhia ao participar do grande sucesso A voz do carnaval, de 1933. Dirigido por Gonzaga e pelo mestre Humberto Mauro, o filme reúne no elenco os talentos de Aracy Cortes, Carmen Miranda e Lamartine Babo.
Em 1935, Belmira de Almeida volta a atuar sob a direção de Humberto Mauro em Favella dos meus amores , dessa vez numa produção da Brasil Vita Filmes, de Carmen Santos, grande atriz, produtora e diretora, que protagoniza a película – o filme faz enorme sucesso na época. Belmira de Almeida segue carreira no cinema até a década de 40.
Filmografia
A viuvinha do cinema, 1917, Leopoldo FroesEntre dois amores, 1917, Paulino BotelhoUm senhor de posição, 1925, Irineu MarinhoA voz do carnaval, 1933, Adhemar Gonzaga e Humberto MauroFavella dos meus amores, 1935, Humberto MauroSamba da vida, 1937, Luiz de BarrosO simpático jeremias, 1940, Moacyr FenelonO caçula do barulho, 1949, produção portuguesa de Riccardo Freda
Cena de Samba da vida, 1937, Luiz de Barros