Nos anos 1930, a Cinédia, primeiro estúdio brasileiro de grande porte, do produtor e diretor Adhemar Gonzaga, também teve sua galeria de musas. E Carmem Violeta foi uma dessas estrelas de primeira grandeza.
Ainda jovem, Carmem Violeta sai do Rio Grande do Sul com destino ao Rio de Janeiro, onde inicia sua carreira artística através da dança e do canto lírico. Em 1929, estreia nas telas no clássico do cinema brasileiro, Barro humano, de Adhemar Gonzaga. Esse encontro com Gonzaga marcará a carreira da atriz, ao integrá-la à galeria de musas da Cinédia, estúdio que ele monta no Rio de Janeiro com o objetivo de realizar filmes com apelo popular, sem abrir mão da qualidade artística e técnica. Carmem Violeta marca presença nos dois primeiros filmes da Cinédia, os também clássicos Lábios sem beijos, do genial Humberto Mauro, e Mulher, grande filme de Octávio Gabus Mendes.
Em Mulher, Carmem Violeta é escalada por Adhemar Gonzaga para ser a protagonista. A atuação da atriz é elogiada e o filme, de temática ousada para a época, torna-se um dos sucessos do estúdio. No ano seguinte, 1932, Carmem Violeta volta a ser dirigida por Octávio Gabus Mendes em Onde a terra acaba, seu último filme no cinema.
Filmografia
Barro humano, 1929, Adhemar Gonzaga
Lábios sem beijos, 1930, Humberto Mauro
Mulher, 1931, Octávio Gabus Mendes
Onde a terra acaba, 1932, Octávio Gabus Mendes