Ano 20

Darlene Glória

*24 de março de 1943 - São João do Calçado - ES

Cena de Toda nudez será castigada, 1973, Arnaldo Jabor
Cena de Toda nudez será castigada, 1973, Arnaldo Jabor
O moderno cinema brasileiro jamais seria o mesmo se por ele não figurasse um nome como o de Darlene Glória. É impressionante o talento dessa atriz, que como Odete Lara e Leila Diniz, povoa o imaginário do público e é uma figura emblemática do cinema nacional de todos os tempos.

Darlene Glória deixa sua São José do Calçado para morar em Cachoeiro do Itapemirim, cidade que nos deu o cantor Roberto Carlos, e com quem chegou a frequentar a rádio local na época - e onde também tornou-se miss da cidade. Filha de pais evangélicos, na década de 1950 vai para o Rio de Janeiro, onde se apresenta em teatros de revista. Sua estreia no cinema foi em 1965, em Um ramo para luíza, de J.B.Tanko. Depois de participar das obra-primas São paulo s.a. e Terra em transe, estoura internacionalmente com o maravilhoso Toda nudez será castigada, de Arnaldo Jabor, filme adaptado da obra de Nelson Rodrigues. Nesse trabalho, Darlene Glória alçou a sua Geni para a galeria dos mais importantes personagens femininos da história do cinema brasileiro.

Darlene Glória fez mais de duas dezenas de filmes e foi premiada no Brasil e no exterior - Melhor Atriz no Festival de Berlim por Toda nudez será castigada. A vida pessoal foi atribulada e teve um filho com o lendário Mariel Mascot, policial envolvido com o esquadrão da morte. No início da década de 80 torna-se evangélica, adota o nome de Irmã Helena Brandão e abandona a vida artística. Aos poucos vai retomando a carreira e volta ao cinema em 1998 em Até que a vida nos separe, de José Saragoza. Tem ótimo momento em Feliz natal (2008), primeiro longa dirigido pelo ator Selton Mello.


Filmografia

Um ramo para luíza, 1965, J. B. Tanko
Choque de sentimentos, 1965, Massimo Alviani
São paulo s.a., 1965, Luiz Sérgio Person
Paraíba, vida e morte de um bandido, 1966, Victor Lima
Nudismo à força, 1966, Victor Lima
Terra em transe, 1967, Glauber Rocha
Os viciados, 1968, Braz Chediak
Papai trapalhão, 1968, Victor Lima
Os paqueras, 1969, Reginaldo Farias
Os raptores, 1969, Aurélio Teixeira
Matador profissional, 1969, Jece Valadão
Golias contra o homem das bolinhas, 1969, Victor Lima
Os devassos, 1971, Carlos Alberto de Souza Barros
A viúva virgem, 1972, Pedro Carlos Róvai
Lua de mel e amendoim, 1971, Pedro Carlos Róvai
Eu transo, ela transa, 1972, Pedro Camargo
Toda nudez será castigada, 1973, Arnaldo Jabor
Os homens que eu tive, 1973, Teresa Trautman
O marginal, 1974, Carlos Manga
Um homem célebre, 1974, Miguel Faria Jr.
Até que a vida nos separe, 1998, José Saragoza
Anjos do sol, 2006, Rudi Lagemann
Feliz natal, 2008, Selton Mello

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Sala 
 Isabel Ribeiro
Presença luminosa nas telas, brilhou no cinema, teatro e televisão.