Dercy Gonçalves
*23 de junho de 1907, +19 de julho de 2008 - Santa Maria Madalena - RJ
Cena de Minervina vem aí, 1960, Hélio Barroso e Eurídes Ramos
A saudosa Dercy Gonçalves é patrimônio das artes cênicas do país. Pertencente a uma escola de interpretação que alia o deboche, a malícia e o escracho, - e que abriga outros nomes como Violeta Ferraz e Regina Casé, por exemplo – Dercy Gonçalves sempre foi sucesso no teatro, na TV e no cinema.
Com seu estilo irreverente desde sempre, Dercy Gonçalves era muito ´maior´ que a sua pequena cidade de Santa Maria Madalena, e por isso, ainda adolescente, fugiu várias vezes com as companhias que passavam por lá. Até que finalmente se estabelece no Rio de Janeiro, e daí pra frente dá-se início a uma das mais longinquas trajetórias de sucesso. Depois de conquistar o rádio e o teatro, Dercy estreia no cinema em 1943, no filme Samba em berlim, de Luiz de Barros.
Dercy Gonçalves foi uma das rainhas das chanchadas, sendo que muitos filmes foram escritos especialmente para ela, dirigida por nomes como Watson Macedo, Eurídes Ramos e Anselmo Duarte. Nesse formato, marcou época em produções como Absolutamente certo, A grande vedete, A viúva valentina e Minervina vem aí. Brilhou em novelas como Cavalo amarelo, Que rei sou eu? e Deus nos acuda. Até os 100 anos de vida, Dercy Gonçalves continuou barbarizando o país, com seus palavrões e como fez ao sair de seios à mostra no desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro
Filmografia
Samba em berlim, 1943, Luiz de Barros
Romance proibido, 1944, Adhemar GonzagaAbacaxi azul, 1944, Ruy Costa e Wallace DowneyCaídos do céu, 1946, Luiz de BarrosFolias cariocas, 1948, Manoel Jorge e Hélio ThysDepois eu conto, 1956, José Carlos Burle e Watson MacedoUma certa lucrecia, 1957, Fernando de BarrosA baronesa transviada, 1957, Watson MacedoAbsolutamente certo, 1957, Anselmo DuarteA grande vedete, 1958, Watson MacedoEntrei de gaiato, 1959, J. B. TankoA viúva valentina, 1960, Eurídes RamosMinervina vem aí, 1960, Hélio Barroso e Eurídes RamosDona violante miranda, 1960, Fernando de BarrosCala a boca, Etelvina, 1960, Hélio Barroso e Eurídes RamosSó naquela base, 1960, Ronaldo LupoSonhando com milhões, 1963, Eurídes RamosSe meu dólar falasse, 1970, Carlos CoimbraCômicos e mais cômicos, 1971, Jurandyr Passos NoronhaBububú no bobobó, 1980, Marcos FariasO menino arco-íris, 1983, Ricardo BandeiraOceano atlantis, 1993, Francisco de PaulaNossa vida não cabe num opala, 2008, Reinaldo Pinheiro
Cena de Minervina vem aí, 1960, Hélio Barroso e Eurídes Ramos