Ano 20

Didi Viana

*27 de junho de 1911, +20 de julho de 1976 - *Ipauçu - SP


Fundada em 1930 pelo jornalista e diretor Adhemar Gonzaga, da Revista Cinearte, a Cinédia foi um importante estúdio cinematográfico, onde foram realizados 65 longa-metragens. Como em outras fases do cinema nacional, foram inúmeras as musas reveladas, e no caso da Cinédia, entre elas, está Didi Viana.
 
Garota extrovertida, desde criança Didi Viana revelou tendências artísticas e foi no grêmio artístico de sua cidade, e dirigido por seu pai, que ela debutou nos palcos. Apaixonada pelo cinema, decidiu ser estrela das telas, participou de concursos e fez contatos contínuos com a Revista Cinearte. Acabou sendo selecionada por Adhemar Gonzaga que decidiu escalar uma atriz desconhecida para ser a protagonista de Saudade. A atriz teve grande divulgação na Cinearte, mas o  filme acabou sendo interrompido e Didi Viana foi escalada para Lábios sem beijos. Dirigido por Humberto Mauro, o filme foi a primeira produção da Cinédia, mas Didi Viana atuou em papel secundário.

O próximo filme que teria Didi Viana como protagonista foi O preço de um poder, mas novamente essa produção foi interrompida. A atriz, que iniciara romance com Adhemar Gonzaga, acaba por casar com ele e se afasta do cinema - faz pontas em Alô alô carnaval e Bonequinha de seda. Em belo texto escrito por sua filha e de Gonzaga, a pesquisadora Alice Gonzaga,  em `Quase Catálogo 3 – Estrelas do Cinema Mudo Brasil – 1908-1930’, registra-se um trecho escrito por Didi Viana em carta “Eu fui uma estrela que não brilhou”. Didi Viana faleceu aos 75 anos.  


Filmografia
  
Saudade, 1930, filme inacabado de Adhemar Gonzaga
Lábios sem beijos, 1930, Humberto Mauro
O preço de um prazer, 1931, filme inacabado de Adhemar Gonzaga
Alô alô carnaval, 1936, Adhemar Gonzaga 
Bonequinha de seda, 1936, Oduvaldo Viana Filho

Crédito da foto: 50 Anos de Cinédia, de Alice Gonzaga

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Sala 
 Isabel Ribeiro
Presença luminosa nas telas, brilhou no cinema, teatro e televisão.