Dina Sfat
*28 de outubro de 1938, +20 de março de 1989 - *São Paulo - SP
Cena de Macunaíma, 1969, Joaquim Pedro de Andrade
Uma das mais politizadas atrizes de sua geração, Dina Sfat tem uma trajetória da maior importância nas artes cênicas brasileiras. Se na televisão era uma das maiores estrelas da Globo e uma das atrizes preferidas de Janete Clair, no teatro e no cinema Dina Sfat pontuou sua carreira por movimentos e trabalhos de vanguarda, atuando nos politizados Arena e Oficina, no engajado Cinema Novo e no libertário Cinema Marginal.
Dina Sfat estreou nos palcos no início da década de 1960 – época em que se casa com o ator e diretor Paulo Jose. Nos palcos atua em trabalhos importantes como Arena conta zumbi, um marco do teatro moderno. Nesses mesmos anos faz sua estreia também na televisão, veículo em que também alcançará grande sucesso em novelas como Selva de pedra, Fogo sobre terra,Gabriela e O astro. Dina Sfat estreia no cinema em 1966, ano em que participa de Três histórias de amor, de Alberto D’ Aversa, e Corpo ardente, de Walter Hugo Khouri. Em 69 inscreve seu nome na história do cinema nacional ao participar do emblemático e tropicalista Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade.
A participação de Dina Sfat em movimentos alternativos, como o Arena e o Oficina, também se deu no cinema. Depois de estrelar os modernos Macunaíma, e Os deuses e mortos - Melhor Atriz no Festival de Brasília-, de Ruy Guerra, abriu espaço para o experimentalismo do Cinema Marginal em filmes como Jardim de guerra, O capitão bandeira contra o doutor Moura Brasile Perdidos e malditos. Outro destaque é o ótimo filme de Ana Carolina, Das tripas coração. Um câncer aos 50 anos levou precocemente uma das mais importantes atrizes brasileiras.
Filmografia
Três histórias de amor, 1966, Alberto D’Aversa
O corpo ardente, 1966, Walter Hugo KhouriA vida provisória, 1968, Maurício Gomes Leite
Edu, coração de ouro, 1968, Domingos de OliveiraMacunaíma, (1969, Joaquim Pedro de AndradeOs deuses e os mortos, 1970, Ruy GuerraJardim de guerra, 1970, Neville D´AlmeidaPerdidos e malditos, 1970, Geraldo VelosoGaudêncio, o centauro dos pampas, 1971, Fernando AmaralA culpa, 1971, Domingos de OliveiraO capitão bandeira contra o doutor Moura Brasil, 1971, Antônio CalmonO barão otelo no barato dos milhões, 1971, Miguel BorgesTati , a garota, 1973, Bruno BarretoMulheres de cinema, 1978, média, Ana Maria MagalhãesEros, o Deus do amor, 1981, Walter Hugo KhouriÁlbum de família, 1981, Braz ChediakTensão no rio, 1982, Gustavo DahlDas tripas coração, 1982, Ana CarolinaO homem do pau Brasil, 1982, Joaquim Pedro de AndradeO judeu, 1987/96, Jom Tob Azulay
Cena de Macunaíma, 1969, Joaquim Pedro de Andrade