Ano 20

Dóris Monteiro

*20 de outubro de 1934 - Rio de Janeiro - RJ

Cena de Agulha no palheiro, 1953, Alex Viany
Cena de Agulha no palheiro, 1953, Alex Viany
Há muito tempo que os cantores marcam presença no cinema nacional, sobretudo nas chanchadas dos anos 1940 e 50, as divertidas e maliciosas comédias musicais, em que eles dividiam a cena com os atores. Muitas cantoras se tornaram atrizes, ou vice e versa, e construíram carreiras importantes nas telas, como Inezita Barroso, Vanja Orico, Zezé Motta, Tânia Alves e Elba Ramalho. Nos anos 50 um nome importante dessa categoria no cinema brasileiro é a talentosa Dóris Monteiro.

Dóris Monteiro começou sua carreira como cantora, integra o elenco da Rádio Tupi e, posteriormente, da Rádio Nacional. Estreia como atriz no cinema no primeiro filme do grande cineasta e teórico do cinema nacional Alex Viany, Agulha no palheiro (1953) - antes, canta em Com o diabo no corpo (1952), de Moacyr Fenelon . Grande sucesso da época, o filme a consagra e lhe vale o prêmio de Melhor Atriz no I Primeiro Festival de Cinema. Como não poderia deixar de ser, marca presença nas deliciosas chanchadas da Atlântida, e outro grande momento seu é em De vento em popa, em 1957, do mestre Carlos Manga – em 1975 ela integra a galeria do documentário Assim era a atlântida, de Manga.

Alex Viany terá um papel fundamental na carreira de Dóris Monteiro, escalando-a também para seu filme seguinte, Rua sem sol, em que ela faz uma cega. Além de Viany e Manga, ela atuou também em filme do lendário Lulu de Barros,  Tudo é música. Dóris Monteiro abandonou o cinema para se dedicar integralmente à sua carreira de cantora.

 
Filmografia

Com o diabo no corpo, 1952, Moacyr Fenelom
Agulha no palheiro, 1953, Alex Viany
Rua sem sol, 1954, Alex Viany
Carnaval em caxias, 1954, Paulo Wanderley
A carrocinha, 1955, Agostinho Martins Pereira
De vento em popa, 1957, Carlos Manga
Tudo é música, 1957, Luiz de Barros
E o espetáculo continua, 1958, José Cajado Filho
Copacabana palace, 1962, co-produção Itália/França/Brasil, Steno
Assim era a atlântida, 1975, Carlos Manga

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Sala 
 Isabel Ribeiro
Presença luminosa nas telas, brilhou no cinema, teatro e televisão.