Dulcina de Moraes
*03 de fevereiro de 1908, +27 de agosto de 1996 - *Valença - RJ
Cena de Vinte e quatro horas de sonho, 1941, Chianca de Garcia
Damas do Teatro atuais, como Fernanda Montenegro, Tônia Carrero e Marília Pêra, desenvolveram carreiras importantes no cinema. No entanto, para algumas outras grandes da década de 1950, como Cacilda Becker e Alda Garrido, o cinema acabou sendo um fator fundamental para registro de seus talentos para as gerações futuras que não as viram no teatro – a primeira, através do filme Floradas na serra, e a segunda em Dona xepa. E nessa galeria de gigantes dos nossos palcos está Dulcina de Moraes.
Dulcina de Moraes nasceu em berço artístico, sendo seus pais os atores Átila e Conchita de Moraes. A atriz estreou nos palcos na década de 1920, e nos anos seguintes tornou-se um dos maiores nomes do nosso teatro, cuja companhia, `Dulcina-Odilon´, com seu marido e ator Odilon Azevedo, assinou grandes montagens. Segundo registro da Enciclopédia do Cinema Brasileiro, Dulcina de Moraes teria declarado seu desinteresse pelo cinema por achá-lo ´demasiadamente mecânico´. Em 1941, porém, ela se associou ao diretor e produtor da Cinédia – o primeiro grande estúdio de cinema surgido na década de 30 – Adhemar Gonzaga, para a realização do filme Vinte e quatro horas de sonho. O filme foi dirigido por Chianca de Garcia e produzido por Dulcina-Odilon e pela Cinédia.
Vinte e quatro horas de sonho não foi bem de bilheteria, dando prejuízo para os realizadores e, segundo a Enciclopédia, Dulcina teria declarado: ´não voltaremos a fazer cinema´. A atriz cumpriu a palavra e continuou sua carreira no teatro, veículo onde fez história e se tornou referência para inúmeros artistas, como a grande Marília Pêra. Dulcina de Moraes faleceu em Brasília, cidade onde se radicou e se dedicou à Fundação Brasileira do Teatro.
Filmografia
Vinte e quatro horas de sonho,1941, Chianca de Garcia
Cena de Vinte e quatro horas de sonho, 1941, Chianca de Garcia