Ano 20

Helena Ramos

*10 de março de 1953 - Cerqueira Cesar - SP


Helena Ramos é uma das maiores musas da Boca Lixo, pólo de produção de dramas e comédias eróticas que reinaram no cinema nacional nos anos 1970, lotavam as salas de cinema e desagradavam a crítica da época. A atriz tem a marca fabulosa de 39 filmes em apenas 10 anos de carreira, sendo que foi dirigida pelos maiores expoentes do gênero, como Jean Garrett, Ody Fraga, Fauzi Mansur, Silvio de Abreu e David Cardoso. É também uma das belas do cinema de  Walter Hugo Khouri.

As cangaceiras eróticas foi o filme de estreia de Helena Ramos, em 1974, e no mesmo ano participou de mais três trabalhos. Até 1984 - data até agora de seu último filme, Volúpia de mulher - a atriz construiu uma carreira ininterrupta, chegando a filmar uma média de cinco títulos por ano. Antes de ser atriz, Helena Ramos foi uma das telemoças do Programa Sílvio Santos. O curioso, é que ela era muito tímida, pois foi educada em colégio de freiras, e por isso teve dificuldade com a nudez em seus primeiros filmes. A atriz tem poucas incursões na televisão, os destaques fica por conta da personagem  Lucilene em Guerra do sexos (1983), de Sílvio de Abreu, e a Cleusa deMeus filhos, minha vida (1984), de Ismael Fernandes, Henrique Lobo e Crayton Sarzi.

Uma das particularidades de Helena Ramos, e que a destacou no gênero pornochanchada, era o contraste entre o rosto ingênuo e a voz de criança com o corpo escultural e o apelo sexual amplamente utilizado nos filmes. Alguns de seus maiores momentos nas telas foram em Mulher mulherIracema, a virgem dos lábios de melA mulher sensual, e, sobretudo, Mulher objeto, clássico dirigido pelo novelista Silvio de Abreu.


Filmografia

As cangaceiras eróticas, 1974, Roberto Mauro
Pensionato de mulheres, 1974, Clery Cunha
O clube das infiéis, 1974, Cláudio Cunha
Os pilantras da noite, 1975, Tony Vieira
Lucíola, o anjo pecador, 1975, Alfredo Sternheim
Kung fu contra as bonecas, 1975, Adriano Stuart
A ilha do desejo, 1975, Jean Garrett
Bacalhau, 1975, Adriano Stuart
Sabendo usar não vai faltar, 1976, Sidneu Paiva Lopes, Francisco Ramalho Jr e Adriano Stuart
Quem é o pai da criança?, 1976, Ody Fraga
Possuída pelo pecado, 1976, Jean Garrett
O mulherengo, 1976, Fauzi Mansur
A ilha das cangaceiras virgens, 1976, Roberto Mauro
Guerra é guerra, episódio Poderoso cifrão, 1976, Alfredo Palácios
Dezenove mulheres e um homem, 1977, David Cardoso
Inferno carnal, 1977, José Mojica Marins
Roberta, a gueixa do sexo, 1978, Raffaele Rossi
A noite dos duros, 1978, Adriano Stuart
Por um corpo de mulher, 1979, Hércules Breseghelo
Patty, a mulher proibida, 1979, Luiz Gonzaga dos Santos
Mulher, mulher, 1979, Jean Garrett
Iracema, a virgem dos lábios de mel, 1979, Carlos Coimbra
Diário de uma prostituta, 1979, Edward Freund
Bem-dotado, o homem de itu, 1979, José Miziara
O inseto do amor, 1980, Fauzi Mansur
Palácio de vênus, 1980, Ody Fraga
As intimidades de analu e fernanda, 1980, José Miziara
Os indecentes, 1980, Antonio Meliande
Convite ao prazer, 1980, Walter Hugo Khouri
A mulher sensual, 1981, Antonio Calmon
Violência na carne, 1981, Alfredo Sternheim
Mulher objeto, 1981, Sílvio de Abreu
O sequestro, 1981, Victor di Mello
Me deixa de quatro, 1981, Fauzi Mansur
Crazy – um dia muito louco, 1981, Victor Lima
Corpo e alma de uma mulher, 1983, David Cardoso
Volúpia de mulher, 1984, de John Doo

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Sala 
 Isabel Ribeiro
Presença luminosa nas telas, brilhou no cinema, teatro e televisão.