Ano 20

Heloisa Helena

*28 de outubro de 1917, +19 de junho de 1999 - Rio de Janeiro - RJ

Cena de O homem do sputnik, 1959, Carlos Manga
Cena de O homem do sputnik, 1959, Carlos Manga
Uma das ausências mais saudosas das artes cênicas brasileiras – sempre foi aclamada pelos colegas, sendo uma das atrizes prediletas de Glória Pires – Heloísa Helena encheu de graça e de talento o cinema nacional dos anos 1930 aos 80. Um dos grandes nomes das chanchadas – as comédias musicais de estrondoso sucesso nas décadas de 40 e 50 - a atriz brilhou em cerca de 30 filmes.

Heloísa Helena iniciou a carreira ainda bem jovem como cantora, com passagens pelas rádios Roquete Pinto e Mayrink Veiga. E foi como cantora que se apresentou em inúmeras casas de prestígio como o Teatro Municipal do Rio de Janeiro e o Cassino da Urca. Depois de passar um tempo fora do país em New Orleans – dominava o inglês – retorna ao Brasil. Sua estreia no cinema se dá em 1936 no clássico de Adhemar Gonzaga, Alô alô carnaval. Começava aí sua extensa filmografia, sendo um dos pontos altos as suas atuações nas chanchadas – sua presença em Samba em brasília, de Watson Macedo, é impagável. Na TV, é uma das primeiras estrelas da Tupi, onde brilha em inúmeros teleteatros e como apresentadora de programas. Chega às novelas no final da década de 60 e atua em cerca de 21 produções. Um dos destaques é em O astro (1977), de Janete Clair.

Mesmo com a intensa participação em novelas, Heloísa Helena jamais deixou o seu trabalho no cinema de lado. Foi dirigida por nomes importantes como Adhemar Gonzaga, Luiz de Barros, José Carlos Burle, Watson Macedo, Carlos Manga, Carlos Hugo Christensen, Eurídes Ramos e Anselmo Duarte. A atriz faleceu em 19 de junho de 1999, aos 82 anos.


Filmografia

Alô alô carnaval, 1936, Adhemar Gonzaga
Samba da vida, 1937, Luiz de Barros
Tererê não resolve, 1938, Luiz de Barros
Futebol em família, 1939, Ruy Costa
Pega ladrão, 1940, Ruy Costa
Céu azul, 1940, Ruy Costa
Luz dos meus olhos, 1947, José Carlos Burle
Terra violenta, 1948, Edmond F. Bernoudy e Paulo Machado
É com este que eu vou, 1948, José Carlos Burle
É fogo na roupa, 1952, Watson Macedo
O petróleo é nosso, 1954, Watson Macedo
Marujo por acaso, 1954, Eurídes Ramos
Mãos sangrentas, 1955, Carlos Hugo Christensen
Leonora dos sete mares, 1955, Carlos Hugo Christensen
Chico viola não morreu, 1955, Román Viñoly Barreto
Angu de caroço, 1955, Eurídes Ramos
Depois eu conto, 1956, José Carlos Burle e Watson Macedo
Boca de ouro, 1957, Eurídes Ramos
Matemática zero, amor dez 1958, Carlos Hugo Christensen
O homem do sputinik, 1959, Carlos Manga
Samba em brasília, 1961, Watson Macedo
Rifa-se uma mulher, 1967, Célio Gonçalves
Jovens pra frente, 1968, Alcino Diniz
Uma garota em maus lençóis, 1970, Wilson Cunha
Independência ou morte, 1972, Carlos Coimbra
O descarte, 1973, Anselmo Duarte
Com as calças na mão, 1975, Carlos Mossy
Ódio, 1977, Carlos Mossy
A pantera nua, 1979, Luiz de Miranda Correa
A fábrica de camisinhas, 1982, Ary Fernandes  

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Sala 
 Isabel Ribeiro
Presença luminosa nas telas, brilhou no cinema, teatro e televisão.