Ano 20

Henriette Morineau

*29 de novembro de 1908, +03 de dezembro de 1990 - Niort - França

Cena de O comprador de fazendas, 1951, Alberto Pieralisi
Cena de O comprador de fazendas, 1951, Alberto Pieralisi
Infelizmente, na história das artes cênicas brasileiras, muitos artistas acabaram esquecidos ou terminaram suas vidas em dificuldades financeiras inaceitáveis. Esse último é o caso de uma das mais importantes atrizes do cenário artístico brasileiro: a grande Henriette Morineau.

Henriette Morineau iniciou suas atividades artísticas aos 18 anos em Paris, integrando, posteriormente, a prestigiosa "Comédie Française" – que lhe deu passaporte para se apresentar em vários países. Nos anos 1930 chega ao Brasil e adota o país como pátria, naturalizando-se brasileira. Mãe da também atriz Antonieta Morineau, Madame Morineau constrói uma carreira notável no teatro brasileiro, onde torna-se uma de nossas Grandes Damas, a frente de montagens importantes e também da companhia que funda, Grupo de Artistas Unidos. Estreia no cinema nacional em 1951 em O comprador de fazendas, de Alberto Pieralisi.

Na década de 50, Henriette Morineau participa de mais dois filmes, retornando às telas somente na década de 80 - a atriz participa das adaptações de Braz Chediak da obra de Nelson Rodrigues para o cinema, Perdoa-me por me traíres e Bonitinha, mas ordinária. Na TV, atua em duas novelas de Gilberto Braga: A escrava isaura, em 1976; e em Água viva, em 1980. Segundo registro no Dicionário Mulheres do Brasil, Henriette Morineau ´empobrecida, não teve sequer recursos próprios para custear os tratamentos médicos’ . A atriz falece em 3 de dezembro de 1990 de isquemia cerebral.


Filmografia

O comprador de fazendas, 1951, Alberto Pieralisi
Presença de anita, 1951, Ruggero Jacobbi
Leonora dos sete mares, 1955, Carlos Hugo Christensen
Perdoa-me por me traíres, 1980, Braz Chediak
Bonitinha, mas ordinária, 1981, Braz Chediak

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Sala 
 Isabel Ribeiro
Presença luminosa nas telas, brilhou no cinema, teatro e televisão.