Irene Ravache
06 de agosto de 1944 - Rio de Janeiro - RJ
cena de Lição de amor, 1975, Eduardo Escorel
Alguns atores e atrizes começam uma carreira interessante, mas durante a trajetória se perdem no caminho ou adotam um estilo de interpretação por demais exteriorizada, beirando a canastrice. Esse não é definitivamente o caso de Irene Ravache, um nome fundamental das artes cênicas brasileiras.
Irene Ravache é mais uma das damas do nosso teatro, veículo generoso para algumas atrizes revelarem o máximo de seus talentos. A atriz começou sua carreira na década de 1960, com trabalhos nos palcos e na TV. Nessa última, participa de um momento histórico das telenovelas brasileiras, a moderna Beto rockfeller, de Braulio Pedroso, e atua em sucessos de Ivani Ribeiro, como A viagem e O profeta. Irene Ravache estreia no cinema em 1972, no filme Geração em fuga, de Mauricio Nabuco. E é nessa década que tem dois de seus três melhores momentos no cinema nacional: a matriarca Laura Costa de Lição de amor, a estupenda adaptação do romance de Mário de Andrade por Eduardo Escorel; e em Doramundo, de João Batista de Andrade.
Em 1989, Irene Ravache tem seu terceiro grande momento no semidocumentário Que bom te ver viva, de Lúcia Murat, onde narra e interpreta as dores e a esperança de mulheres torturadas durante a ditadura militar. A atriz, que é uma das nossas Grandes Damas do Teatro, com uma carreira consagrada nesse veículo, entra os anos 2000 marcando presença no cinema com boa atuação em Amores possíveis, de Sandra Werneck, e é a protagonista feminina de Depois daquele baile, de Roberto Bomtempo.
Filmografia
Geração em fuga, 1972, Mauricio Nabuco
O supermanso, 1974, Ary FernandesLição de amor, 1975, Eduardo EscorelDoramundo, 1978, João Batista de Andrade
Curumim, 1978, Plácido de CamposQue bom te ver viva, Lúcia MuratEd mort, 1997, Alain FresnotAté que a morte nos separe, 1999, José ZaragosaAmores possíveis, 2001,Sandra WerneckViva sapato, 2002, Luiz Carlos Lacerda
Depois daquele baile, 2005, Roberto Bomtempo
cena de Lição de amor, 1975, Eduardo Escorel
Curumim, 1978, Plácido de Campos
Depois daquele baile, 2005, Roberto Bomtempo