Ano 20

Irene Stefânia

*10 de março de 1944 - São Paulo - SP

cena de Lance maior, 1968, Sylvio Back
cena de Lance maior, 1968, Sylvio Back
Se em grande parte o cinema é uma indústria de homens – mais diretores que diretoras, mais histórias de homens que de mulheres – são as atrizes que representam grande parte do lado mítico da sétima arte, e não é a toa a quantidades de musas e divas nos quatro cantos do mundo. E falando em cinema brasileiro, um grande destaque entre as nossas maiores musas é com certeza a maravilhosa Irene Stefânia.

Irene Stefânia começou seus estudos pela filosofia e pela música clássica. Em 1966, dá uma guinada na sua possível futura carreira ao atuar em seu primeiro filme, já como protagonista - O alegre mundo de helô, de Carlos Alberto de Souza Barros. Dá-se início então uma das trajetórias mais limportantes do cinema brasileiro, que até hoje soma quase 20 filmes. Irene Stefânia é uma atriz essencialmente de cinema, e ilumina as décadas de 60 e 70 com seu talento e sua beleza diáfana – só vai atuar em novelas esporadicamente, sendo que nos registros constam apenas três :Tempo de viver (72), Supermanoela (74) e Música ao longe (82). Depois de Garota de ipanema, de Leon Hirszman, Nelson Pereira dos Santos a dirige no deliciosamente anárquico Fome de amor, reunindo duas deusas em cena: Irene e Leila Diniz – que voltariam a trabalhar juntas em Azyllo muito louco, outro ótimo filme do diretor.

Irene Stefânia marca presença também no primeiro longa de ficção de Sylvio Back, Lance maior, e segue sua carreira trabalhando com grandes nomes – inclusive, protagoniza o único filme do psicanalista Roberto Freire, Cléo e daniel. Em 1978 atua em filme com trama situada na Boca do Lixo em Damas do prazer, de Antonio Meliande, e depois disso abandona as telas. Sua volta sé dá pelas mãos do cineasta Carlos Reichebanch, no premiado Anjos do arrabalde, em 1987, como uma das protagonistas ao lado de Betty Faria e Clarice Abujamra.


Filmografia

O mundo alegre de helô, 1967, Carlos Alberto de Souza Barros
Garota de ipanema, 1967, Leon Hirszman
Fome de amor, 1968, Nelson Pereira dos Santos
Lance maior, 1968, Sylvio Back
A doce mulher amada, 1968, Ruy Santos
Os paqueras, 1969, Reginaldo Farias
A cama ao alcance de todos, episódio A primeira cama, 1969, Alberto Salvá
As armas, 1969, Astolfo Araújo
Azyllo muito louco, 1970, Nelson Pereira dos Santos
É simonal, 1970, Domingos de Oliveira
O donzelo, 1970, Stefan Wohl
Cléo e daniel, 1970, Roberto Freire
Mãos vazias, 1971, Luiz Carlos Lacerda
O doce esporte do sexo 1971, Zelito Viana
Amor e medo, 1974, José Rubens Siqueira
Damas do prazer, 1978, Antonio Meliande
Anjos do arrabalde, 1987, Carlos Reichenbach
O signo da cidade, 2007, Carlos Alberto Ricelli

::Voltar
Sala 
 Isabel Ribeiro
Presença luminosa nas telas, brilhou no cinema, teatro e televisão.