Ano 20

Leila Diniz

*25 de março de 1945, +14 de junho de 1972 - *Rio de Janeiro - RJ

Cena de Todas as mulheres do mundo, 1967, Domingos de Oliveira
Cena de Todas as mulheres do mundo, 1967, Domingos de Oliveira
Presença luminosa no cinema nacional, Leila Diniz é um dos maiores mitos brasileiros e símbolo sexual. A atriz, que na TV encenava os dramalhões da era Glória Magadam - poderosa escritora cubana chegada em sheiks e príncipes - e brilhou no teatro de revista, escandalizava os puritanos falando abertamente sobre sexo, citava um palavrão entre uma fala e outra, e incomodava o regime militar por sua postura libertária.

Depois de ser professora de jardim de infância, garota propaganda e atriz de sucesso na TV, Leila Diniz foi uma das musas do Cinema Novo via Nelson Pereira dos Santos. Sua postura libertária casava-se perfeitamente com o movimento que sacudiu o Brasil e o mundo, e, particularmente, com a transgressora fase Paraty de Santos,assim também como ela fez tantas vezes no país - como na célebre entrevista ao Pasquim e quando foi à praia de biquini, grávida de sua filha Janaína. E não abria mão também do cinema popular, com grandes momentos em filmes de Aurélio Teixeira, Reginaldo Faria e Carlos Coimbra.

Leila Diniz estreou no cinema em 1967, ano em que realizou três filmes, O mundo alegre de helô, Mineirinho vivo ou morto e Todas as mulheres do mundo. Esse último, dirigido por Domingos de Oliveira, alçou a atriz, que já era estrela na TV, à galeria de divas do cinema. O Brasil inteiro acompanhou o delicioso romance entre sua personagem Alice e o Paulo, de Paulo José, e se encantou com a interpretação espontânea da atriz. Infelizmente, Leila Diniz nos deixou aos 27 anos, quando o avião em que ela vinha da Índia onde foi divulgar o filme Mãos vazias, de Luiz Carlos Lacerda, explodiu. Em 1987, Louise Cardoso encarnou Leila Diniz no filme homônimo, dirigido pelo amigo Lacerda.


Filmografia

O mundo alegre de helô, 1967, Carlos Alberto de Souza Barros
Todas as mulheres do mundo, 1967, Domingos de Oliveira
Mineirinho vivo ou morto, 1967, Aurélio Teixeira
Jogo perigoso, episódio Divertimento, 1967, produção Brasil/Espanha, Luis Alcoriza
A madona de cedro, 1968, Carlos Coimbra
Fome de amor, 1968, Nelson Pereira dos Santos
O homem nu, 1968, Roberto Santos
Edu, coração de ouro, 1968, Domingos de Oliveira
Os paqueras, 1969, Reginaldo Faria
Corisco, o diabo loiro, 1969, Carlos Coimbra
O donzelo, 1970, Stefan Wohl
Azyllo muito louco, 1970, Nelson Pereira dos Santos
Mãos vazias, 1971, Luiz Carlos Lacerda
O dia marcado, 1971/77, Iberê Cavalcanti
Amor, carnaval e sonhos, 1972, Paulo César Saraceni   

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Sala 
 Isabel Ribeiro
Presença luminosa nas telas, brilhou no cinema, teatro e televisão.