Lídia Brondi
*29 de outubro de 1960 - Campinas - SP
Cena de Perdoa-me por me traíres, 1980, Braz Chediak
Não é só no cinema que algumas atrizes abandonam a carreira no auge, como Odete Lara. Na telinha, esse fato costuma também acontecer, como Lídia Brondi, que se afastou no início da década de 1990. Felizmente, o cinema nacional registrou o frescor do seu talento e beleza.
Ninfeta mais desejada no país nos anos 70, Lídia Brondi estreou em novelas em 1975, em O grito, veículo onde se consagrará oito anos depois no marco Dancin’ days, de Gilberto Braga. Na telinha, a atriz faz carreira ascendente, atuando em outros marcos como Roque santeiro (1985), de Dias Gomes e Aguinaldo Silva, e Vale tudo (1982), de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Basséres - esta última é o seu maior sucesso como a jornalista Solange Duprat. Em 1980, Lídia Brondi atua em seu primeiro filme, Perdoa-me por me traíres, adaptação cinematográfica de Braz Chediak para o texto de Nelson Rodrigues. No ano seguinte, a atriz volta a atuar em outra adaptação de Nelson Rodrigues, O beijo no asfalto, dessa vez dirigida por Bruno Barreto. No filme, ela faz a personagem Dália, adolescente apaixonada pelo cunhado Arandir (Ney Lattoraca), autor do tal beijo e envolvido num episódio absurdo de difamação e crime. Bruno Barreto filma a atriz em momento de extrema beleza e frescor.
Ainda nos anos 80, Lídia Brondi marca presença no cinema juvenil de Lael Rodrigues em Rádio pirata, filme de 1987. Em 1990, atua na novela Meu bem, meu mal, época em que se casa com ator Cássio Gabus Mendes, colega de elenco e filho do autor Cassiano Gabus Mendes. Inesperadamente, abandona a carreira com o final da novela, suscitando vários boatos sobre seu estado de saúde. Mas na verdade, ela disse que saiu de cena por não se interessar mais pela carreira de atriz.
Filmografia
Perdoa-me por me traíres, 1980, Braz Chediak
O beijo no asfalto, 1981, Bruno BarretoRádio pirata, 1987, Lael Rodrigues
Cena de Perdoa-me por me traíres, 1980, Braz Chediak