Marília Pêra
*22 de janeiro de 1943 - Rio de Janeiro - RJ
Cena de Pixote, a lei do mais fraco, 1980, Hector babenco
Marília Pêra é gigante em talento. Sua forma única de interpretação, em que alia domínio completo do ofício, equilíbrio perfeito entre técnica e emoção e um certo ar zombeteiro em relação a personagem interpretada, faz dela um nome maior seja no drama ou na comédia. A atriz brilha no teatro, na televisão e, claro, no cinema nacional.
Marília Pêra veio de uma família com tradição de palco – sua avó, Antônia Marzullo, sua mãe, Dinorah Marzullo, e seu pai, Manoel Pêra são nomes importantes na história do teatro brasileiro. E foi nos palcos que Marília começou sua carreira, ainda criança. Com sonho de se tornar bailarina estudou durante anos, mas acabou se tornando atriz, com presença em momentos fundamentais, como na montagem censurada pela ditadura militar, Roda-viva, e em vários espetáculos e musicais. Estreia na TV na década de 1960, época em que atua no marco Beto rockfeller, construindo depois uma importante carreira na telinha – tem momentos soberbos nas minissériesQuem ama não mata e O primo basílio. No cinema, seu primeiro filme é O homem que comprou o mundo (1968), uma das raras ficções dirigidas por Eduardo Coutinho.
Depois de atuar em mais três filmes, Marília Pêra encontra Hector Babenco, cineasta que vai lhe reservar dois grandes momentos na tela: O rei da noite; e Pixote, a lei do mais fraco. Pelo primeiro recebe o prêmio Governador do Estado de Melho Atriz; pelo segundo, o Air France e o dos críticos de Nova York pelo desempenho da prostituta Sueli – papel que lhe vale o convite para atuar no mercado americano, em Mixed blood, de Paul Morrisey. Nas décadas seguintes, Marília Pêra continua brilhando nas telas e têm ótimos momentos em Bar esperança, o último que fecha, Anjos da noite, Dias melhores virão, Tieta do agreste, Central do Brasil e O viajante.
Filmografia
O homem que comprou o mundo, 1968, Eduardo Coutinho
É simonal, 1970, Domingos de OliveiraO donzelo, 1971, Stefan WohlAna, a libertina, 1975, Alberto SalvaO rei da noite, 1975, Hector Babenco
O grande desbum..., 2008, Braz Chediak e Antonio PedroPixote, a lei do mais fraco, 1980, Hector BabencoBar esperança, o último que fecha, 1983, Hugo CarvanaAnjos da noite, 1987, Wilson BarrosDias melhores virão, 1989, Carlos Diegues
Jenipapo, 1995, Monique GardenbergTieta do agreste, 1996, Carlos DieguesCentral do Brasil, 1998, Walter SallesO viajante, 1999, Paulo César SaraceniAmélia, 2000, Ana Carolina
Seja o que Deus quiser, 2002, Murilo SallesGarrincha, a estrela solitária, 2005, Milton Alencar JrAcredite, um espírito baixou em mim, 2006, Jorge MorenoLiving the dream, 2006, Allan Fiterman e Christian SchoyenVestido de noiva, 2006, Joffre RodriguesPolaróides urbanas, 2008, Miguel FalabellaNossa vida não cabe num opala, 2008, Reinaldo PinheiroEmbarque imediato, 2009, Allan Fiterman
Cena de Pixote, a lei do mais fraco, 1980, Hector babenco
O grande desbum..., 2008, Braz Chediak e Antonio Pedro
Jenipapo, 1995, Monique Gardenberg
Seja o que Deus quiser, 2002, Murilo Salles