Marlene
*22 de novembro de 1924 + 13 de junho de 2014 - *São Paulo - SP
Cena de Tudo azul, 1952, Moacyr Fenelon
Vários cantores e cantoras que reinavam na Era de Ouro do Rádio marcaram presença nas produções da Cinédia e das chanchadas dos anos 1940 e 50. As comédias musicais lotavam os cinemas brasileiros e também revelavam ou confirmavam o talento de uma extensa galeria de comediantes. Muitos desses cantores e cantoras apresentavam apenas seus números musicais, outros atuavam, inclusive, com papel de destaque. Como a cantora Marlene.
Marlene já cantava desde criança, mas se profissionaliza ao ingressar na Rádio Tupi aos 16 anos. Como cantora, integra o `cast´ de várias emissoras, até o triunfo na Rádio Nacional, onde ingressa em 1948. No ano seguinte é eleita a `Rainha do Rádio´, depois do reinado de 11 anos de Linda Batista e um ano de Dircinha Batista, voltando a se eleger em 1950 - data dessa época a famosa rivalidade com Emilinha Borba, em guerra declarada pelos seus respectivos fãs-clubes. Marlene estreia no cinema em 1945, em atuação elogiada em Pif paf, uma produção da Cinédia, dirigida pelos mestres Luiz de Barros e Adhemar Gonzaga – esse último, o criador do estúdio. Marlene marcará presença em vários produções da Cinédia, sendo outro grande momento a atuação em Um beijo roubado, de 1950.
Sucesso no rádio, nos cassinos e nas telas, Marlene marcará presença em vários filmes, em alguns atuando e em outros apenas apresentando números musicais. Outro bom momento seu como atriz é em Tudo azul, em que, inclusive, interpreta a clássica `Lata D`água´, um de seus maiores sucessos. Marlene faz sucesso também como atriz de teatro e atua em novelas, como O amor é nosso, em 1981, e Viver a vida, em 1984. Com quase duas dezenas de filmes no currículo, sua trajetória nas telas vai dos anos 40 até o início dos anos 80. E é na década de 80, que tem ótima e ousada atuação em Profissão:mulher, do grande Claudio Cunha.
Filmografia
Pip-paf, 1945, Luiz de Barros e Adhemar Gonzaga
Loucos por música, 1945/50, Adhemar GonzagaCaídos do céu, 1946, Luiz de BarrosEsta é fria, 1948, Moacyr Fenelon e Luiz de BarrosPra lá de boa, 1949, Luiz de BarrosCaminhos do sul, 1949, Fernando de BarrosUm beijo roubado, 1950, Leo MertenTodos por um, 1950, José Cajado FilhoTudo azul, 1952, Moacyr FenelonBalança, mas não cai, 1953, Paulo WanderleyMatar ou correr, 1954, Carlos MangaO cantor e o milionário, 1958, José Carlos BurleQuem roubou meu samba?, 1959, José Carlos Burle e Hélio BarrosoCarnaval barra limpa, 1967, J.B. TankoA volta do filho pródigo, 1978, Ipojuca PontesProfissão mulher, 1982, Cláudio Cunha
Cena de Tudo azul, 1952, Moacyr Fenelon