Ruthinéa de Moraes
*01 de junho de 1930, +24 de julho de 1998 - Rio de Janeiro - RJ
Infelizmente, algumas atrizes são completamente desconhecidas pelas novas gerações, apesar de seus inegáveis talentos e de terem desenvolvido carreiras importantes nas artes cênicas brasileiras. Esse é o caso da grande Ruthinéa de Moraes.
Ruthinéa de Moraes torna-se bailarina antes de se enveredar pelo teatro em fins dos anos 1950 – veículo onde terá presença luminosa, em momentos marcantes como a primeira interpretação para a prostituta Norma Suely de Navalha na carne, clássico de Plínio Marcos, e no qual receberá prêmios importantes como o Saci e o Governador do Estado. Estreia no cinema em 1966 no filme Três histórias de amor, de Alberto D´Aversa. Já no ano seguinte, debuta nas novelas, abrindo outro filão importante para o seu trabalho de atriz, e participa de inúmeras produções como Meu pé de laranja lima, Vitoria bonelli e Éramos seis, na Tupi, e Sétimo sentido, na Globo.
Ruthinéa de Moraes tem carreira extensa no cinema, com atuação em cerca de 20 filmes. A atriz foi dirigida por cineastas importantes como Carlos Manga, Roberto Palmari, Jean Garrett, Fauzi Mansur, Eduardo Escorel, João Batista de Andrade, Roberto Santos e Chico Botelho - um ótimo momento é a participação em Pensionato de mulheres, de Clery Cunha. Um capítulo especial em sua carreira é a parceria com Denoy de Oliveira, com quem rodou três filmes, sendo que o cineasta foi o responsável por sua volta às telas em 1997, depois de 10 anos afastada, em A grande noitada, seu último filme. No ano seguinte, Ruthinéa de Moraes faleceu aos 68 anos.
Filmografia
Três histórias de amor, 1966, Alberto D´Aversa
Anuska, manequim e mulher, 1968, Francisco Ramalho Jr.A marca da ferradura, 1971, Nelson Teixeira MendesLua de mel e amendoim, 1971, Fernando de Barros e Pedro Carlos RóvaiA marcha, 1972, Oswaldo SampaioO marginal, 1974, Carlos MangaPensionato de mulheres, 1974, Clery CunhaO predileto, 1975, Roberto PalmariTiradentes, o mártir da independência, 1976, Geraldo VietriSenhora, 1976, Geraldo VietriPossuídas Pelo Pecado, 1976, Jean GarrettA noite das fêmeas, 1976, Fauzi MansurAto de violência, 1980, Eduardo EscorelO homem que virou suco, 1981, João Batista de AndradeO encalhe - sete dias de agonia, 1982, Denoy de OliveiraNasce uma mulher, 1983, Roberto Santos
Janete, 1983, Chico BotelhoO dia do gato, 1987, David CardosoA grande noitada, 1997, Denoy de Oliveira
