Ano 20

Sarah Nobre

*03 de maio de 1986, +1966 - Lisboa - Portugal

Cena de Pureza, 1940, Chianca de Garcia
Cena de Pureza, 1940, Chianca de Garcia
O Brasil recebeu imigrantes de diversas partes do mundo, que, felizmente, também brilharam no nosso cinema. Da Pátria-Mãe, Portugal, foram várias pessoas que chegaram e de diferentes idades, como Sarah Nobre, que chegou ao país com seis anos e que depois de adulta desenvolve extensa carreira no cinema nacional.  

Sarah Nobre nasceu em Portugal e chega ao Rio de Janeiro aos seis anos. Por aqui, segundo registro no Dicionário de Atrizes e Atores, de Antônio Leão da Silva Neto, atua no teatro ainda bem jovem e funda com a mãe, Adelina Nobre, a Companhia Nacional de Operetas. Depois do inacabado Amor de perdição (1914), de Francisco Santos, Sarah Nobre estreia no cinema em Carnaval cantado (1923), de Carlos Comelli. O filme seguinte, A voz do carnaval, em 1933, é dirigido por dois dos maiores nomes do cinema da época e de nossa história: Adhemar Gonzaga e Humberto Mauro. A atriz voltaria a atuar em projetos  dos dois, em Cidade-mulher (1946), dirigido por Humberto Mauro,  e Pureza (1940), produção de Adhemar Gonzaga, dirigida por Chianca de Garcia  – em que tem um de seus grandes momentos.  

Sarah Nobre vai marcar presença em nossas telas até o início da década de 60 – falece em 1966. Na carreira, vários momentos luminosos da nossa cinematografia, como Moleque tião, de José Carlos Burle; Agulha no palheiro, de Alex Viany; e Viagem aos seios de duília, de Carlos Hugo Cristensen. Com 15 filmes no currículo, atua sob a direção também de Leo Merten, Milton Rodrigues, Carlos Manga, Eurídes Ramos e Hélio Barroso. 


Filmografia

Amor de perdição (inacabado), 1914, Francisco Santos
Carnaval cantado, 1923, Carlos Comelli
A voz do carnaval, 1933, Adhemar Gonzaga e Humberto Mauro
Cidade-mulher, 1936, Humberto Mauro
Bobo do rei, 1936, Mesquitinha
Direito de pecar, 1940, Leo Merten
Pureza, 1940, Chianca de Garcia
24 horas de um sonho, 1941, Chianca de Garcia
Caminho do céu, 1943, Milton Rodrigues
Moleque tião, 1943, José Carlos Burle
Romance de um mordedor, 1944, José Carlos Burle
Jardim do pecado, 1946,Leo Merten
Não me diga adeus, 1949, Luís Moglia Barth
Somos dois, 1950, Milton Rodrigues
Agulha no palheiro, 1953, Alex Viany
Leonora dos sete mares, 1955, Carlos Hugo Cristensen
Papai fanfarrão, 1957, Carlos Manga
Cala a boca, etelvina, 1960, Eurídes Ramos e Hélio Barroso
Viagem aos seios de duília, 1964, Carlos Hugo Cristensen

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Sala 
 Isabel Ribeiro
Presença luminosa nas telas, brilhou no cinema, teatro e televisão.