Ano 20

Taciana Rei

Cena de Limite, 1931, Mário Peixoto
Cena de Limite, 1931, Mário Peixoto
Único filme dirigido por Mário Peixoto, Limite é um dos maiores marcos do cinema brasileiro e clássico absoluto do cinema de vanguarda internacional. Realizado em 1931, com esplendorosa fotografia de Edgar Brasil, o filme coloca em cena duas mulheres e um homem em um barco à deriva. Interpretando a mulher número 2 está a musa Taciana Rei.  

De descendência italiana, Taciana Rei estreou no cinema em 1929, fazendo pequena participação em Barro humano, de Adhemar Gonzaga. Jornalista a frente da Cinearte, consagrada revista que ressaltava o ‘star-systen’ do cinema nacional da época, Gonzaga inauguraria após esse clássico a Cinédia, importante estúdio cinematográfico. E foi através da Cinearte que Taciana Rei foi escalada para atuar em Limite. Segundo a publicação `Quase Catálogo 3 – Estrelas do Cinema Mudo Brasil 1908 – 1930’, organizado por Heloísa Buarque de Hollanda, Mário Peixoto a selecionou através de uma fotografia enviada por ela para o arquivo de atrizes da revista.  

Depois de Limite Taciana Rei abandonou o cinema, casou-se com um fazendeiro, falecendo na década de 80. No entanto, sua incursão pelo cinema ficou para sempre colada na retina de cinéfilos do mundo inteiro ao compor, junto aos demais atores, as belíssimas e impressionantes cenas de Limite, com closes acachapantes e intensos. Realizado por Mário Peixoto aos 22 anos, Limite foi visto por poucos até ser restaurado nos anos 80 por Saulo Pereira de Melo.


Filmografia

Barro humano, 1929, Adhemar Gonzaga
Limite, 1931, Mário Peixoto

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Sala 
 Isabel Ribeiro
Presença luminosa nas telas, brilhou no cinema, teatro e televisão.