Valéria Vidal
*11 de janeiro de 1935 - Natal - RN
Cena de A margem, 1967, Ozualdo Candeias
O mestre Ozualdo Candeias nos deixou em 2007, mas ficou uma de nossas mais impactantes filmografias. Dentre seus filmes está o clássico A margem, e nele, de ponta a ponta, a presença inesquecível de Valéria Vidal.
Em 1967, Ozualdo Candeias sacudiu o cinema nacional com A margem. O filme foi fracasso de bilheteria, mas sucesso absoluto de crítica e, até hoje, só faz crescer em cada reavaliação. Ao focalizar sua história de excluídos às margens do rio Tietê, em São Paulo, o cineasta escalou Valéria Vidal, que não tinha experiência como atriz, para um dos personagens-chave do filme. E a atriz marcou para sempre não só o filme, mas toda a cinematografia brasileira – como esquecer sua prostituta e seu sonho do casamento de véu e grinalda? Por sua interpretação, Valéria Vidal ganhou o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante pelo Instituto Nacional de Cinema de 1967, que também premiou o diretor e a música de Luiz Chaves. A atriz recebeu também menção honrosa no Festival de Brasília.
Depois de A margem, Valéria Vidal atuou no sucesso de bilheteria O cangaceiro sanguinário, de Osvaldo de Oliveira, em 1969. Nos anos 70, atua em filmes de Silvio de Abreu - Gente que transa, e de Francisco Cavalcanti - Mulheres violentadas.
Filmografia
A margem, 1967, Ozualdo Candeias
O cangaceiro sanguinário, 1969, Osvaldo de OliveiraGente que transa, 1974, Sílvio de AbreuMulheres violentadas, 1977, Francisco Cavalcanti
Cena de A margem, 1967, Ozualdo Candeias