Ano 20

Vanda Lacerda

*10 de setembro de 1923, +14 de julho de 2001 - Rio de Janeiro - RJ

Cena de episódio Bolo do longa Felicidade é..., 1995, Roberto Torero
Cena de episódio Bolo do longa Felicidade é..., 1995, Roberto Torero
Além de nos proporcionar seus talentos, muitas atrizes ampliam seus espaços nas artes cênicas, militando também em favor da classe artística. E esse é o caso da soberba Vanda Lacerda, atriz fundamental na história do teatro e do cinema nacional.

Vanda Lacerda fez estudos no conservatório de música, época em que participa do teatro Universitário. Os anos 1940 serão fundamentais na carreira dessa talentosa atriz, que leva sua arte também para o rádio e para o cinema. Vanda Lacerda estreia nas telas em 1944 no filme Gente honesta, de Moacyr Fenelon, cineasta com quem roda mais dois filmes, Vidas solitárias e Fantasma por acaso. Na década de 50, privilegia seus trabalhos no teatro – veículo no qual durante sua trajetória brilha em peças de Jorge Andrade e Nelson Rodrigues, entre outros -, voltando ao cinema, e também estreando em novelas, nos anos 60 - A primeira é Demian, o justiceiro (1968), seguida de várias outras, como Anjo mau (1976), Sinal de alerta (1978) e Torre de babel (1998).. A partir daí emenda um filme atrás do outro, atuando em clássicos inesquecíveis e de primeira linha do cinema brasileiro: A falecida e São bernardo, ambos de Leon Hirszman; Cara a cara e Matou a família e foi ao cinema, ambos de Júlio Bressane. 

Não bastasse sua importância como atriz, Vanda Lacerda foi também uma militante da classe artística de primeira grandeza. Ao presidir, em segunda gestão, o Sated-RJ, Sindicato dos Artistas e Técnicos, ela tem a alegria de ver, finalmente, a regulamentação profissional da categoria de ator. Depois de passar quase toda a década de 80 longe do cinema, Vanda Lacerda volta às telas como protagonista, ao lado de Jofre Soares, do episódio Bolo, de José Roberto Torero, do filme Felicidade é.... A atriz falece em 2001, aos 77 anos, de edema pulmonar.


Filmografia

Gente honesta, 1944, Moacyr Fenelon
Vidas solitárias, 1945, Moacyr Fenelon
Fantasma por acaso, 1946, Moacyr Fenelon
A falecida, 1965, Leon Hirszman
Cara a cara, 1967, Julio Bressane
Matou a família e foi ao cinema, 1967, Júlio Bressane
São bernardo, 1971, Leon Hirszman
Tati, a garota, 1973, Bruno Barreto
A estrela sobe, 1974, Bruno Barreto
Vida vida, 1977, Domingos de Oliveira
O sol dos amantes, 1979, Geraldo dos Santos Pereira
Insônia, episódio A prisao de j. carmo gomes, 1980, Luiz Paulino dos Santos
Álbum de família, 1981, Braz Chediak
Felicidade é..., episódio Bolo, 1995, José Roberto Torero
Posta restante, 1997, curta, Janaína Diniz Guerra

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Sala 
 Isabel Ribeiro
Presença luminosa nas telas, brilhou no cinema, teatro e televisão.