“Madureira chorou, Madureira chorou de dor, quando a voz do destino obedecendo ao Divino, a sua estrela chamou...”. Foi com esses versos que os compositores Carvalhinho e Júlio Monteiro criaram o clássico samba “Madureira Chorou” e deram adeus à grande artista carioca Zaquia Jorge.
Zaquia Jorge foi uma das mais inesquecíveis vedetes e atrizes do Brasil. Estrela absoluta do teatro de revista, Zaquia fez história ao trocar os palcos cariocas do centro e da zona sul para montar seu teatro em Madureira, o Teatro de Revista Madureira. Bela e talentosa, Zaquia Jorge era amada pelo povo. Seu talento, felizmente, não ficou restrito apenas aos palcos, ele foi registrado no cinema em filmes de cineastas importantes como Moacyr Fenelon, Luiz de Barros e Gilda de Abreu. O primeiro foi Sob a luz de meu bairro, em 1946, de Moacyr Fenelon. Outro filme importante da década de 1940 foi Pinguinho de gente, de Gilda de Abreu.
Zaquia Jorge atuou também nos anos 50, sendo que um de seus grandes momentos foi como a Suely Borel de A baronesa transviada, dirigida pelo mestre Watson Macedo, em 1957. Infelizmente, Zaquia Jorge morreu tragicamente por afogamento na praia da Barra da Tijuca. Entre tantas homenagens que recebeu está o samba-enredo da Império Serrano em 1975, “Zaquia Jorge, a estrela do subúrbio, vedete de Madureira”, de Avarése.
Filmografia
Sob a luz de meu bairro, 1946, Moacyr Fenelon
Fantasma por acaso, 1946, Moacyr Fenelon
Caídos do céu, 1946, Luiz de Barros
Pinguinho de gente. 1949, Gilda de Abreu
A serra da aventura, 1950, Miguel Marracini
Agüenta firme, isidoro, 1951, Luiz de Barros
A baronesa transviada, 1957, Watson Macedo