Zezé Macedo
*06 de maio de 1916, +08 de outubro de 1999 - Silva Jardim - RJ
Cena de Minervina vem ai, 1959, Hélio Barroso e Eurídes Ramos
Se o Brasil é pródigo em atrizes comediantes - e isso é a mais absoluta verdade - Zezé Macedo é com certeza um de seus maiores expoentes. Presença obrigatória nas chanchadas da Atlântida, ela fazia uma espécie de contraponto feminino aos talentos de Oscarito e Grande Otelo, e como eles, era amada pelo público. Reverenciada por diferentes cineastas em diferentes gêneros, Zezé Macedo marcou presença nas Chanchadas, Cinema Novo, Cinema Marginal, Cinema popular, Pornochanchada, filmes nos 70 aos 80, e com os Trapalhões.
Zezé Macedo estreou nos palcos com quatro anos. Depois, passou pelo rádio e viveu personagens hilários na TV, como a Biscoito e a Dona Bela. Mas foi no cinema que se eternizou, no qual estreou em 1954 e fez 60 filmes. A comediante ficou associada aos papéis de empregada, e realmente ninguém as interpretava com tanta graça e malícia. Mas mesmo nas chanchadas chegou a fazer madame e patroa, e esteve em filmes de Joaquim Pedro de Andrade, Bruno Barreto, Elyseu Visconti, Fábio Barreto, Paulo César Saraceni, entre outros.
Zezé Macedo tem vários destaques na carreira, e O homem do Sputinik (1959), de Carlos Manga tem um lugar todo especial, Os cineastas Márcio Kogan e Isat Weinfeld brincaram com o signo Zezé Macedo no cinema nacional no filme Fogo e paixão, em uma cena onde uma paupérrima Tônia Carreiro e uma chiquíssima Zezé Macedo se encontram e olham com desejo as vestes opostas numa vitrine, e depois trocam olhares invejosos. Deliciosa cena. Maravilhosa homenagem.
Filmografia
O petróleo é nosso, 1954, Watson MacedoTrabalhou bem genival, 1955, Luiz de BarrosSinfonia carioca, 1955, Watson MacedoO feijão é nosso, 1955, Victor LimaCarnaval em marte, 1955, Watson MacedoTira a mão daí!, 1956, Ruy CostaQuem sabe, sabe!, 1956, Luiz de BarrosDe vento em popa, 1957, Carlos MangaTreze cadeiras, 1957, Franz EichhornTem boi na linha, 1957, Aluíziio T. de CarvalhoRico ri à toa, 1957, Roberto FariasMaluco por mulher, 1957, Aluizío T. de CarvalhoGarotas e samba, 1957, Carlos MangaRio fantasia, 1957, Watson MacedoA grande vedete, 1958, Watson MacedoE o espetáculo continua, 1958, José Cajado FilhoÉ de chuá, 1958, Victor LimaAguenta o rojão, 1958, Watson MacedoO homem do sputnik, 1959, Carlos MangaEsse milhão é meu, 1959, Carlos MangaDona xepa, 1959, Darcy EvangelistaO camelô da rua larga, 1959, Hélio Barroso e Eurídes Ramos
Minervina vem aí, 1969, Hélio Barros e Eurídes Ramos
Virou bagunça, 1960, Watson MacedoCala a boca, etelvina, 1960, Hélio Barroso e Eurídes RamosTrês colegas de batina, 1962, Darcy EvangelistaRio à noite, 1972, Aluízio T. de CarvalhoSanto módico, 1964, Robert MazoyerMacunaíma, 1969, Joaquim Pedro de Andrade
Os monstros de babaloo, 1972, Elyseu ViscontiSalve-se quem puder, 1972, J. B. TankoOs mansos, episódio A b... de ouro, 1973, Pedro Carlos RovaiMais ou menos virgem, 1973, Mozael SilveiraComo é boa nossa empregada, 1973, Ismar Porto e Victor di MelloTati, a garota, 1973, Bruno BarretoRobin hood, o trapalhão da floresta, 1974, J.B. Tanko;Onanias, o poderoso machão, 1974, Geraldo MirandaOh, que delícia de patrão, 1974, Alberto PieralisiAssim era a atlântida, 1975, Carlos MangaO monstro de santa teresa, 1975, Alcino DinizAs loucuras de um sedutor, 1975, Alcino DinizCom as calças na mão, 1975, Carlo MossySete mulheres para um homem só, 1976, Mozael SilveiraPedro bó, o caçador de cangaceiros, 1976, Mozael SilveiraGordos e magros, 1976, Mário CarneiroSecas e molhadas, 1977, Mozael SilveiraAs eróticas profissionais, 1977, Mozael SilveiraEle, ela, quem?, 1977, Luiz de BarrosO erótico virgem, 1978, Mozael SilveiraA virgem camuflada, 1979, Célio GonçalvesO rei do rio, 1985, Bruno BarretoOs bons tempos voltaram: vamos gozar outra vez, episódio Sábado quente, 1985, Ivan CardosoAs sete vampiras, 1986, Ivan CardosoNatal da portela, 1988, Paulo Cesar Saraceni
Fogo e paixão, 1988, Marcio Kogan e Isay WeinfeldO diabo na cama, 1988, Michele Massimo TarantiniO casamento dos trapalhões, 1988, José Alvarenga Jr
O escorpião escarlate, 1990, Ivan Cardoso
Cena de Minervina vem ai, 1959, Hélio Barroso e Eurídes Ramos
Minervina vem aí, 1969, Hélio Barros e Eurídes Ramos
O escorpião escarlate, 1990, Ivan Cardoso