Ana Maria Magalhães
*21 de janeiro de 1950 - Rio de Janeiro - RJ
Uma das musas do Cinema Novo, Ana Maria Magalhães é presença importante no cinema nacional desde os anos 1960.
Inesquecível em Como era gostoso o meu francês, de Nelson Pereira do Santos, e em A idade da terra, de Glauber Rocha, Ana tem uma filmografia extensa e expressiva de cerca de 25 filmes.
Ana Maria Magalhães nasceu no Rio de Janeiro, no dia 21 de janeiro de 1950. No Cinema Novo foi dirigida por seus maiores expoentes: os citados Nelson e Glauber, mais Carlos Diegues, Paulo César Sarraceni, Gustavo Dahl e Leon Hirszman.
Filha de um deputado pernambucano cassado durante o regime militar, Ana Maria Magalhães entrou pela porta da frente nos três veículos em que trabalhou: no teatro foi dirigida pelo genial José Celso Martinez Correa; na TV estreou em O bofe, de Bráulio Pedroso, e depois participou de dois marcos, Gabriela e Saramandaia. No cinema brasileiro, debutou pelas mãos de Domingos de Oliveira - Todas as mulheres do mundo -, e Leon Hirszman - Garota de ipanema.
Bela e talentosa, Ana Maria Magalhães marcou presença contínua como atriz no cinema no final de 1960 até o início de 80 - um dos grandes momentos é em Os sete gatinhos (1980), de Neville D´Almeida.
Depois disso, se distancia cada vez mais do trabalho de atriz para dirigir médias e curtas durante toda década de 80: Mulheres do cinema (1976), Assaltaram a gramática (1984), O mergulhador (1985), Spray jet (1985), O bebê (1987), Já que ninguém me tira para dançar(1987) - na década de 90, dirige Mangueira do amanhã (1992).
Nos anos 90, ela estréia como diretora em filmes de longa-metragem na produção internacional em episódios Erotique. Na verdade, sua participação é com um episódio, protagonizado por Cláudia Ohana e Guilherme Leme, baseado em conto de Clarice Lispector.
Até chegar à direção, Ana Maria Magalhães desempenhou várias funções por trás das câmeras: roteirista, assistente de montagem, continuísta, produtora.
Seu primeiro longa-metragem é Lara, adaptação dos livros autobiográficos da atriz Odete Lara, um dos maiores mitos do cinema brasileiro.
Em 2009, dirige o documentário Reidy - a construção da utopia, sobre o arquiteto e urbanista Affonso Eduardo Reydi.
Flmografia
Arrastão, 1966, Antoine d’OrnessonTodas as mulheres do mundo, 1967, Domingos de OliveiraGarota de ipanema, 1967, Leon HirszmanO diabo mora no sangue, 1968, Cecil ThiréMinha namorada, 1970, Armando Costa e Zelito VianaUm azylo muito louco, 1970, Nelson Pereira dos SantosÉ Simonal, 1970, Domingos de Oliveira – assistente de montagem;Como era gostoso o meu francês, 1971, Nelson Pereira dos SantosMãos vazias, 1971, Luiz Carlos LacerdaOs devassos, 1971, Carlos Alberto de Souza BarrosA casa assassinada, 1971, Paulo César Saraceni - continuístaO doce esporte do sexo, episódio O torneio, 1971, Zelito VianaQuem é beta?, 1972, Nelson Pereira dos SantosQuando o carnaval chegar, 1972, Carlos DieguesUirá, um índio em busca de Deus, 1973, Gustavo DahlJoana francesa, 1973, Carlos DieguesSagarana, o duelo, 1973, Paulo ThiagoO homem do corpo fechado, 1973, Schubert Magalhães – assistente de montagemAs deliciosas traições do amor, episódio Divinos sons da música do prazer, 1975, Phydias BarbosaAmantes, amanhã se houver sol, 1975, Ody FragaParanóia, 1977, Antônio CalmonLúcio flávio, o passageiro da agonia, 1977, Hector BabencoAnchieta, José do Brasil, 1977, Paulo César SarraceniSe segura, malandro, 1978, Hugo CarvanaMulheres de cinema, 1978 média, Ana Maria Magalhães – roteiro, montagem e direçãoA idade da terra, 1980, Glauber RochaOs sete gatinhos, 1980, Neville D´AlmeidaOs trapalhões na serra pelada, 1982, J. B. TankoTensão no rio, 1982, Gustavo Dahl
Assaltaram a gramática, 1984, curta, Ana Maria Magalhães - direção
O mergulhador, 1985, curta, Ana Maria Magalhçaes - direçãoSpray jet, 1986, curta, Ana Maria Magalhães - direçãoO bebê, 1987, curta, Ana Maria Magalhães – direção e produção
Já que ninguém me tira para dançar, 1987, curta, Ana Maria Magalhães - direçãoReal desejo, 1990, Augusto SeváOswaldianas, episódio Perigo negro, 1992, Rogério SganzerlaMangueira do amanhã, 1992, curta, Ana Maria Magalhães - direçãoErotique, 1994, episódio, Ana Maria Magalhães - direçãoLara, 2002, longa, Ana Maria Magalhães - direção
Reidy - A construção da utopia, 2009, longa, Ana Maria Magalhães - direçãoO estranho caso de angélica, 2010, Manoel de Oliveira
::Voltar
Assaltaram a gramática, 1984, curta, Ana Maria Magalhães - direção
O mergulhador, 1985, curta, Ana Maria Magalhçaes - direção
Já que ninguém me tira para dançar, 1987, curta, Ana Maria Magalhães - direção
Reidy - A construção da utopia, 2009, longa, Ana Maria Magalhães - direção