Ano 20

Laís Bodanzky

*23 de setembro de 1969 - São Paulo - SP

Foto: Marlene Bérgamo/Ed. Viggiani Site www2.uol.com.br/bicodesetecabecas/diretora
Foto: Marlene Bérgamo/Ed. Viggiani Site www2.uol.com.br/bicodesetecabecas/diretora
Filha do cineasta Jorge Bodanzky, diretor, junto com Orlando Senna, da obra-prima Iracema, uma transa amazônica (1974), Laís Bodanzky é uma das grandes revelações como cineasta do Cinema da Retomada.  

Com formação em cinema pela FAAP, Laís Bodanzky começou sua carreira como diretora de vídeos. Entre eles estão Bia bai, premiado no Festival de Minuto em 93, e Desliga esse troço!.  

A estreia no cinema se deu com o curta Cartão vermelho, dirigido em 1994. O filme é protagonizado por Camila Kolber como uma garota vidrada em futebol, e recebeu vários prêmios, entre eles o de Melhor Direção no FestRio94, o de Melhor Atriz e Prêmio da Crítica no Festival de Brasília, além de ser exibido em Nova York, França e Espanha.  

A partir de 1996, Laís Bodanzky se juntou a Luiz Bolognesi para o projeto Cine Mambembe, percorrendo cidades do interior para exibição de filmes para, muitas vezes, pessoas que jamais haviam assistido cinema. A experiência resultou no documentário em média-metragem Cine mambembe – o cinema descobre o Brasil, dirigido pelos dois e vencedor do prêmio Margarida de Prata 1999, Prêmio Especial do Júri no Festival de Gramado 1999, 2o Melhor Documentário da América Latina no Festival de Havana 1999, Melhor Filme de Internacional Vanguarda no Festival de Nova York 2000.   

Em 2001, Laís Bodanzky conquista a crítica e o público com seu primeiro longa-metragem, o ótimo Bicho de sete cabeças, uma adaptação cinematográfica da autobiografia de Austregésilo Carrano. O filme é protagonizado por Rodrigo Santoro, que faz Neto, um jovem que é internado em um manicômio pelo pai, após ele encontrar um baseado de maconha nas coisas do filho.  

Bicho de sete cabeças revelou uma diretora segura, à frente um de um filme perturbador e inesquecível. Vencedor de prêmios nacionais e internacionais, Bicho de sete cabeças arrebatou o 33o Festival de Brasília, em que foi unanimidade, recebendo os kandangos de Melhor Filme pelo Júri, pela Crítica e pelo público, além de Melhor Direção, Melhor Ator (Rodrigo Santoro), Ator Coadjuvante (Gero Camilo), Fotografia (Hugo Kovensky. No exterior, foi premiado nos festivais de Locarno – Suíça, Biarritz - França, Trieste – Itália, Creitel – França.

Os longas seguintes confirmaram Laís Bodanzki como uma das mais importantes cineastas atuais.

Chega de saudade (2007) é ótimo filme e com um elenco merecedor de prêmios pelas interpretações magníficas, como as de Cássia Kiss, Stepan Nercessian, Tônia Carrero, Leonardo Villar, Betty Faria, Míriam Melher e Clarice Abujanra.

O trabalho seguinte é um dos melhores filmes feitos no país sobre o universo dos adolescentes: As melhores coisas do mundo (2010).

Em 2011, Laís Bondanzky integrou time internacional de diretores do filme em episódios Mundo invisível, com o segmento O ser transparente.


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Sala 
 Ana Carolina
Cineasta de assinatura personalíssima e de filmografia inquietante.