Cristina Amaral
São Paulo - SP
Uma das mais importantes e respeitadas montadoras do cinema brasileiro, Cristina Amaral nasceu em São Paulo. Formada em cinema pela ECA, começou seus trabalhos de montagem ainda na faculdade.
Seu primeiro trabalho profissional foi em Parada 88 - o limite de alerta (1978), de José de Anchieta, indicada pelo saudoso Chico Botelho, que foi seu professor - Paulo Emílio Salles Gomes foi outro professor em seus tempos de escola.
Durante um bom tempo, Cristina Amaral trabalhou na montagem de filmes publicitários, época em que conheceu um de seus mestres confesso, o montador Umberto Martins.
Estreia como montadora de cinema com o curta-metragem Nós de valor, nós de fato, marcando mais um importante encontro em sua carreira, dessa vez com o cineasta Denoy de Oliveira, de quem será amiga e parceira até a morte dele.
Cristina Amaral faz assistência de montagem de Ori, de Raquel Gerber, período em que assina a montagem dos curtas Wholes, de A.Cecílio Neto, e de Operação Brasil, de Gal Pereira. Por esses dois trabalhos, ganha, respectivamente, prêmios no Festival de Gramado e no RioCine.
O início da década de 90 marca um encontro fundamental e definitivo de sua carreira com um dos maiores diretores do cinema brasileiro: Carlos Reichenbach. O cineasta a convida para montar o belo Alma Corsária (1993).
A partir de Alma Corsária, os dois viram amigos e cúmplices artísticos, e trabalham juntos em todos as produções seguintes dele: os longas Dois córregos (1999), Garotas do abc (2004), Bens confiscados (2005), Falsa loura (2007); e curtas como Olhar e sensação e Equilíbrio e graça.
Depois de Carlos Reichenbach, Cristina Amaral tem mais um encontro definitivo, dessa vez com o cineasta Andrea Tonacci, um de seus ídolos, desde os tempos de Bang bang (1971).
Para Tonacci, assina a montagem de Paixões, filme não finalizado, e o belíssimo Serras da desordem. Em 1997, Cristina Amaral e Andréa Tonacci montam a Extrema Produção Artística.
O velho (1996), de Toni Venturi, O cego que gritava luz (1996), de João Batista de Andrade, A hora mágica (1997), de Guilherme de Almeida Prado, Sonhos tropicais (2001), de André Sturn, Person (2008), de Marina Person, e O homem que não dormia (2012), de Edgar Navarro são alguns dos outros trabalhos que levam a assinatura de Cristina Amaral.
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