Ano 20

Mariza Leão


Á frente da Morena Filmes, junto com o cineasta Sérgio Rezende, Mariza Leão é uma das produtoras do cinema brasileiro mais importantes, atuando na área desde meados dos anos 1970. 

Mariza Leão começou sua carreira cinematográfica como diretora de curtas-metragens. O primeiro filme foi Insolência, realizado em 1974. No ano seguinte, junto com seu futuro parceiro em longas, Sérgio Rezende, dirige o segundo curta, Leila para sempre diniz, um olhar afetuoso sobre a saudosa musa do cinema.  

Mariza Leão e Sérgio Rezende montam a Morena Filmes em 1975, e é através dela que realiza seus próximos curtas: Palmas para Jesus (1976); O saxofonista (1977); e Circos e sonhos (1978) – o curta Em defesa da natureza é um produção da Kratex Filmes e Secretaria de Estado da Agricultura do Rio de Janeiro.  

Em 1979, Mariza Leão assina a primeira produção em longas-metragens com o documentário Até a última gota, marcando uma parceria ininterrupta com Sérgio Rezende em todos os próximos filmes do cineasta.  

Nos anos 80 intensifica sua atuação como produtora, participando de filmes importantes como O sonho não acabou (1982), de Sérgio Rezende, e Nunca fomos tão felizes (1984), de Murilo Salles, e também de Vento sul (1986), de José Frazão.  

E é nessa década de 80 que Mariza Leão vai produzir o filme que vai consagrar seu nome como produtora e também o de Sérgio Rezende como cineasta: O homem da capa preta. O filme faz sucesso e recebe o prêmio de Melhor Filme no Festival de Gramado de 1986.  

Mariza Leão encerra os anos 80 com três filmes no currículo: é produtora associada da LC Barreto em Romance da empregada – o melhor filme de Bruno Barreto (ao lado de Amor bandido), realizado em 1987, e de Lili, a estrela do crime, de Lui Farias. O último da década é Doida demais, de Sérgio Rezende, de 1989.  

Nos anos 90, Mariza Leão e Sérgio Rezende realizam uma superprodução, A guerra de canudos, filme ambicioso sobre Antônio Conselheiro e seus seguidores. É também produtora associada de Sua excelência, o candidato, de Ricardo Pinto e Silva, de 1992.  

No ano de 1992, foi presidente da RioFilme, importante produtora e distribuidora de filmes brasileiros.  

Para Rezende produz o belo e minimalista Quase nada (2004), o nostálgico Onde anda você (2005), e o interessante Zuzu angel (2006).

Em 2008, Mariza Leão emplaca um grande sucesso do cinema brasileiro: Meu nome não é johnny, de Mauro Lima, e repete a façanha com De pernas pro ar (2010) e De pernas pro ar 2 (2012), de Roberto Santucci.

Apenas o fim (2008), de Matheus Souza, Waldick, sempre no meu coração (2009), de Patrícia Pillar, e Totalmente inocentes (2012), de Rodrigo Bittencourt, são outras de suas produções.


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Cineasta de assinatura personalíssima e de filmografia inquietante.
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 Carmen Santos
Pioneira no cinema: atriz, cineasta, produtora, roteirista e dona de estúdio.