Ano 20

Célia Helena

*1936, +29 de março de 1997 - São Paulo - SP

Cena de Anjo loiro, 1973, Alfredo Sternheim (ao centro)
Cena de Anjo loiro, 1973, Alfredo Sternheim (ao centro)
Dona de um estilo personalíssimo de interpretação, a saudosa Célia Helena tem carreira no cinema que vai da década de 1950 a 1980.

Célia Helena é referência para gerações de atores e atrizes de teatro, não só pela grande e premiada carreira nos palcos - em espetáculos na Cia Cacilda Becker, no Oficina, no Opinião, no Arena e em outros -, mas também pela Escola Teatro Célia Helena, que formou e revelou muitos talentos. Sua formação na arte de representar se deu aos 15 anos, quando ingressou no Centro de Estudos Cinematográficos, no qual foi aluna de Ruggero Jacobbi, seu grande incentivador. 
E foi assim que estreou na carreira artística, já no cinema, em Fatalidade (1953), de Jacques Maret, uma produção da Multifilmes. O filme seguinte é Chamas no cafezal (1954), de José Carlos Burle, também do mesmo estúdio. É na Vera Cruz que vai atuar em um grande sucesso, Floradas na serra (1954), de Luciano Salce, filme protagonizado por Cacilda Becker e Jardel Filho, em que faz a personagem Turquinha. Sua atuação na Vera Cruz vai carimbar seu passaporte para o TBC – Teatro Brasileiro de Comédia, no qual substitui a atriz Elizabeth Henreid em Inimigos íntimos, dirigido por Adolfo Celi.  O sucesso nos palcos lhe rende o convite para atuar na televisão, em que começa no programa Teatro da Semana, dirigido por Antunes Filho, e no qual encenava peças de sucesso.  A estreia em novelas ocorre em O décimo mandamento (1968), de Benedito Ruy Barbosa, e a partir daí não para mais, atuando em várias outras, como  Vila do arco (1975) e Gaivotas (1979), ambas na Tupi, e Brilhante (1981), Partido alto (1984) e Mandala (1987), na Globo.  A atriz dá continuidade à carreira no cinema e atua em Cordélia, Cordélia (1971), de Rodolfo Nani.

Na década de 70, Célia Helena vai ter grandes momentos no cinema. Em Anjo loiro (1973), de Alfredo Sternheim, ela é Helena, professora apaixonada pelo seu colega, o protagonista Armando, interpretado por Mário Benvenutti –  ela recebeu o prêmio APCA de Melhor Atriz Coadjuvante pelo papel. Em A virgem (1973), de Dionísio Azevedo, tem atuação esplendorosa como Inês, a esposa do caseiro de uma fazenda onde um grupo de jovens de estilo hippie vai passar uns dias e se envolve com um deles. Os filmes seguintes são O predileto (1975), de Roberto Palmari, e o impactante Das tripas coração (1982), de Ana Carolina.


Filmografia

Fatalidade, 1953, Jacques Maret
Chamas no cafezal, 1954, José Carlos Burle
Floradas na serra, 1954, Luciano Salce
Cordélia, Cordélia, 1971, Rodolfo Nani
Anjo loiro, 1973, Alfredo Sternheim
A virgem, 1973, Dionísio Azevedo
O predileto, 1975, Roberto Palmari
Das tripas coração, 1982, Ana Carolina

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Sala 
 Isabel Ribeiro
Presença luminosa nas telas, brilhou no cinema, teatro e televisão.