Ano 20

Antonieta Morineau

*09 de setembro de 1932 - *Rio de Janeiro - RJ

Cena de Meu destino é pecar, 1952, Manuel Peluffo
Cena de Meu destino é pecar, 1952, Manuel Peluffo
Antonieta Morineau é a estrela ninfeta de Presença de Anita.

Antonieta Morineau é filha da grande atriz Henriette Morineau, grande nome do teatro brasileiro, nascida na França, mas radicada no Brasil na década de 1940, e conhecida como Madame Morineau. Antoniette começou a carreira artística ao substituir uma atriz em O homem no sótão, espetáculo que sua mãe protagonizava.  Sua atuação na peça lhe valeu o convite para ser a protagonista de Presença de Anita, primeira produção da Maristela Filmes, estúdio cinematográfico surgido em São Paulo em 1950 – a Vera Cruz e a Multifilmes foram outros estúdios dessa década. Dirigido em 1951 por Ruggero Jacobbi, Presença de Anita é uma adaptação do ousado romance de Mário Donato, que conta a história de um triângulo amoroso que causou polêmica na época. No filme, a atriz é Anita, uma jovem sedutora pela qual um pai de família (Orlando Villar) se apaixona perdidamente – 50 anos depois, a história voltou à cena na televisão em minissérie de Manoel Carlos, que revelou Mel Lisboa como a protagonista. Presença de Anita conta com a participação da mãe de Antonieta no elenco.

O segundo e último filme da atriz é outra produção da Maristela Filmes: Meu destino é pecar. Dirigido por Manuel Peluffo em 1952, o filme é a primeira adaptação de Nelson Rodrigues para o cinema – aqui, assinando com o pseudônimo de Suzana Flag. A atriz é Helena, jovem que se casa sem amor com um viúvo devido a problemas financeiros de sua família. Ao mudar-se para a nova casa, vivencia o ciúme doentio do marido e as sombras do fantasma da primeira mulher dele, morta misteriosamente. Coprodução Brasil/México, o filme é, curiosamente, mais uma adaptação de um escritor polêmico e que Antonieta Morineau protagoniza. A atriz abandonou a carreira para se dedicar à família.


Filmografia

Presença de Anita, 1951, Ruggero Jacobbi
Meu destino é pecar, 1952, Manuel Peluffo



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Sala 
 Isabel Ribeiro
Presença luminosa nas telas, brilhou no cinema, teatro e televisão.