Elizângela
*11 de dezembro de 1954 - *Resende - RJ
Cena de O enterro da cafetina
Elizângela é uma ninfeta dissimulada em O enterro da cafetina.
Elizângela começou a carreira artística na infância, período em que participa de vários programas de televisão, como Clube do Guri e Capitão Furacão. Ao contrário de muitos artistas mirins, que não conseguem dar sequência à carreira à medida que vão crescendo, no seu caso sua popularidade só vai aumentando. No início da década de 1970, estreia como atriz de novelas, e a Dalva de O cafona (1971), de Bráulio Pedroso, e a Taís de Bandeira 2 (1971/72), de Dias Gomes são seus primeiros trabalhos, ambos na Globo, emissora onde vai construir trajetória de sucesso e na qual praticamente atuará em toda a carreira televisiva – passa pela Manchete e SBT - Locomotivas (1977), Te Contei? (1978), Roque Santeiro (1985/86), Senhora do Destino (2004/2005) e A favorita (2008/2009) são alguns destaques na carreira da atriz. Na década de 1970, Elizângela começa trajetória de cantora e lança um compacto em que emplaca a música Pertinho de você, grande sucesso nas rádios da época, mas não dá sequência à carreira. Sua estreia no cinema ocorre na primeira fase de sua carreira. Consta registro de participação não creditada em O homem nu (1968), de Roberto Santos, mas o primeiro crédito é em Quelé do Pajeú (1969), filme dirigido pelo ator e cineasta Anselmo Duarte, em que interpreta Marizolina, a irmã do protagonista vivido por Tarcísio Meira.
Elizângela tem grande destaque no cinema em dois filmes de Jece Valadão. A atriz é Guaracy em Vale do Canaã (1970), uma adaptação do romance homônimo de Graça Aranha, dirigido por Valadão, e pelo qual recebe o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Santos. Já em O enterro da cafetina (1971), a deliciosa comédia de costumes dirigida por Alberto Pieralisi e produzida e protagonizada por Jece Valadão, a atriz está linda e sedutora como uma ninfeta e possível inocente estudante que enlouquece Otávio, um boêmio que procura uma donzela para se casar. Elizângela atua em O judoka (1972), de Marcelo Ramos, e depois de longo tempo afastada das telas, época em que prioriza o trabalho na TV, retorna no filme 1972 (2006), de José Emílio Rondeau.
Filmografia
O homem nu, 1968, Roberto SantosQuelé do Pajeú, 1969, Anselmo DuarteVale do Canaã, 1970, Jece ValadãoO enterro da cafetina, 1971, Alberto PieralisiO judoka, 1972, Marcelo Ramos1972, 2006, José Emílio Rondeau
Cena de O enterro da cafetina