Lia Renha
Foto: Acervo pessoal
A cenógrafa e diretora de arte Lia Renha é graduada em Arquitetura, e fez curso de extensão em cenografia na Escola de Artes Visuais do Parque Lage.
A estreia no cinema foi na produção americana rodada no Rio de Janeiro e dirigida por Stanley Donen, Feitiço do Rio (1984), filme protagonizado por Michael Caine, em que é assistente de Marcos Flaksman.
Dedé mamata (1987), de Rodolfo Brandão, é um dos primeiros filmes em que Lia Renha trabalha e assina a direção de arte, e que tem o cineasta Carlos Diegues como um dos produtores.
E é com Cacá Diegues que ela vai fazer ótima e contínua parceria, trabalhando em três filmes do diretor: Um trem para as estrelas (1987); Dias melhores virão (1989); e Tieta do Agreste (1996). Tieta do Agreste é a grande produção que marcou a volta da atriz Sônia Braga ao cinema brasileiro como protagonista.
Segundo Lia Renha, no site do filme, recriar a Sant´Ana do Agreste do livro de Jorge Amado foi um grande desafio e ela optou por se inspirar na arquitetura de cidades do interior da Bahia, distinta do estilo colonial de Salvador.
As pinturas dos anos de 1920, 30 e 40 de artistas como Volpi e Cícero Dias também foram fontes de inspiração.
Na época, Lia Renha vinha de uma pesquisa intensa pelo interior do Brasil, já que trabalhava na série Brasil Especial, da Rede Globo, que teve alguns episódios produzidos por Guel Arraes, e que era formada, em sua maioria, por adaptações de clássicos da literatura e do teatro brasileiro.
E é com Guel Arraes que Lia Renha vai trabalhar como diretora de arte de um grande momento da televisão, a minissérie O auto da Compadecida (2000), adaptada em longa- metragem para exibição no cinema, no qual também fez sucesso de bilheteria.
Caramuru, a invenção do Brasil (2003), outra minissérie que também virou filme e que foi dirigida por Guel Arraes, teve Lia Renha como diretora de arte.
Copacabana (2001), de Carla Camurati, Os normais – o filme (2003), de José Alvarenga, e Nosso lar (2010), de Wagner Assis, são outras produções em que trabalhou.
Lia Renha atua também como cenógrafa e diretora de arte no teatro – Odeio Hamlet e O homem da pizza são alguns de seus trabalhos para os palcos.
Foto: Acervo pessoal