Ano 20

Lia Torá

*12 de maio de 1907, +27 de maio de 1972 - *Rio de Janeiro - RJ


Musa do cinema mudo, Lia Torá retorna ao cinema na década de 1970.

Lia Torá é filha de pai português e mãe espanhola, e segundo a publicação Quase Catálogo 3 - Estrelas do Cinema Mudo Brasil 1980 -1930, viveu parte da infância no Rio e depois foi com a família para a Espanha, onde cursou a Academia de Dança de Barcelona e trabalhou no teatro musicado. A volta ao Rio é como integrante do corpo de dança da Companhia de Revistas Velasco. Com o desejo de ingressar no cinema, faz trabalhos domésticos com câmera particular, e vê sua chance de concretizar seu sonho ao se inscrever, aos 18 anos, no concurso promovido pela Fox, em 1927,que procurava uma atriz e um ator para trabalhar em Hollywood – esse concurso foi realizado em vários países na época. A atriz vence o concurso, ao lado do ator Olympio Guilherme. Lia atua em Hollywood em comédia em curta-metragem The low necker (1927), de Wallace Mac Donald, faz pontas e pequenos papéis em outros filmes, e estrela The Veiled Woman (A mulher enigma – 1929), baseado em argumento de sua autoria e do marido Júlio de Moraes, e dirigido por Emmett Flyn. Com o fim do contrato com a Fox, ela e o marido fundam sua própria companhia nos Estados Unidos e rodam o filme Alma camponesa (1929), estrelada pela atriz e dirigida por ele.

Lia Torá volta ao Brasil em 1931 e desiste da carreira de atriz. Até que, décadas depois, retorna às telas no filme brasileiro As confissões do frei Abóbora (1971), dirigido por Braz Chediak. Protagonizado por Tarcísio Meira, o filme conta a história das andanças e idas e vindas do frei ao Xingu, e sua paixão por Paula, interpretada por Norma Bengell. Lia Torá faz breve participação especial como a mãe de Paula.


Filmografia

As confissões do frei Abóbora, 1971, Braz Chediak

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Sala 
 Isabel Ribeiro
Presença luminosa nas telas, brilhou no cinema, teatro e televisão.