Ano 20

Clara Choveaux

Clara Choveaux tem uma trajetória singular: nasceu no Paraguai, vive no Brasil e foi lançada mundialmente no cinema na França: “meu nome completo no Brasil é Clara Choveaux Telles, meu nome na França é Clara Chouveaux, e no Paraguai é Clara Choveaux de Novaes. Porque eu nasci no Paraguai, tenho uma mãe mineira e um pai francês.” Com formação em balé clássico, atua na dança e no teatro, mas o trabalho como atriz profissional se dá em solo francês, onde conheceu o cineasta francês e fez uma ponta em seu filme “Le pornographe”: “Então aconteceu de eu encontrar por acaso o Bertrand Bonello, que me convidou pra fazer uma figuração em um filme dele no ano de 2000, e me falou: “eu vou te ligar daqui um tempo para um próximo papel”. Eu pensei, “vou esperar sentada, imagina que ele vai me ligar”. Mas enfim, ele me ligou realmente dois anos depois e era esse projeto do “Tiresia” (2003), em que eu faço essa transexual”.

O filme “Tiresia” faz sucesso, é selecionado para o Festival de Cannes, e lança sua carreira internacional como protagonista encarnando uma personagem complexa: “É, porque a primeira vez que eu me vi de barba eu levei um susto. Também é uma transformação e tanta mesmo, você se vê ambígua, é meio monstruoso, realmente mexe. Eu falo em várias entrevistas que eu tive sonhos eróticos com as minhas amigas porque eu fiquei portando uma prótese peniana no meio das minhas pernas, então tem toda essa experiência mesmo”.

Depois de morar na França, onde atua em vários trabalhos, Clara Choveaux retorna ao Brasil. A atriz está hipnotizante em “Exilados do vulcão”, filme marcado pela estética singular da cineasta Paula Gaitán, vencedor do prêmio de Melhor Filme no Festival de Brasília 2013: “Foi muito bom ser dirigida pela Paula porque teve esta cumplicidade de um longo tempo de preparação. Foram três anos antes de filmar, viajamos muitas vezes para as locações do filme, em Cataguases, MG, o que me permitiu conhecer de perto cada paisagem mostrada no filme".

Clara Choveaux esteve na 17ª Mostra de Cinema de Tiradentes para o lançamento de “Exilados do vulcão”. Atriz conversou com o Mulheres do Cinema Brasileiro e repassou sua trajetória: falou sobre sua formação, os trabalhos na França e No Brasil, no cinema e no teatro, os filmes, e, claro, a experiência em “Exilados do vulcão”.


Mulheres do Cinema Brasileiro: Para a gente começar: nome, cidade que nasceu, data de nascimento e formação.

Clara Choveaux: Olha, meu nome completo no Brasil é Clara Chouveaux Telles, meu nome na França é Clara Chouveaux, e no Paraguai é Clara Chouveaux de Novaes. Porque eu nasci no Paraguai, tenho uma mãe mineira e um pai francês. Eu nasci em 1974, tenho 39 anos, dia 8 de outubro de 1974, então tenho 39 anos, vou fazer 40 esse ano. A minha formação é de balé clássico, só que eu cresci demais e não deu para continuar no clássico, aí eu me interessei muito pelo teatro. Fiz uma faculdade de teatro e uma faculdade de sociologia, em São Paulo, enquanto eu morei lá.

MCB: Em qual escola?

CC: PUC, e Anhembi de Teatro. Mas eu não terminei nenhuma das duas, em 2005 eu me mudei para a França, lá eu comecei a fazer cinema profissional e desde então nunca mais parei.

MCB: E é na França que você vai ter projeção, não é?

CC: É na França que eu tenho meu primeiro trabalho profissional.

MCB: Porque pelo o que eu sei, você foi visitar o seu pai, não é isso?

CC: Exatamente, fui visitar o meu pai que estava muito doente. Eu não conhecia meu pai direito, porque ele é francês e morou a vida inteira lá. Foi exatamente isso, eu fui visitá-lo e acabou acontecendo, o universo conspira quando a gente deseja muito, né, eu acredito nisso. Então aconteceu de eu encontrar por acaso o Bertrand Bonello, que me convidou pra fazer uma figuração em um filme dele no ano de 2000, e me falou: “eu vou te ligar daqui um tempo para um próximo papel”. Eu pensei, “vou esperar sentada, imagina que ele vai me ligar”. Mas enfim, ele me ligou realmente dois anos depois e era esse projeto do “Tiresia” (2003), em que eu faço essa transexual.

MCB: Esse primeiro nem foi ponta, foi figuração?

CC: Foi ponta, obrigada. Desculpa, tem uma diferença entre ponta e figuração, a ponta fala né? Ali eu falo duas palavrinhas e contraceno com o Jean-Pierre Leaud, foi uma emoção.

MCB: Qual era o nome do filme?

CC: “Le pornographe”(2001).  É uma história de um diretor de cinema pornô, foi um filme muito interessante, em que eu fiz o papel de uma atriz pornô. Todos os outros atores pornôs eram atores pornôs, menos eu, então eu não fiz as cenas de sexo porque eu não era profissional do sexo. Ali ele já me viu, e por causa do meu tamanho, de uma cara mais masculina, ele pensou em mim para o projeto dele que estava engavetado há sete anos, que era o “Tiresia”. E aí foi a minha primeira experiência realmente profissional, com muita responsabilidade, porque era o papel principal, de transformação, e de muita pesquisa. Então esse papel realmente mudou a minha vida. O filme teve uma carreira de festival muito bacana, e é um filme de cinema autoral, filmes que ficam né, apesar de ser um filme difícil, nem todo mundo está mesmo disposto a ver até o final. Porque tem muita cena de violência, é um cinema que tem uma linguagem muito própria, que é a dele, de pesquisa, é um filme muito importante na minha carreira. 

MCB: Esse primeiro foi o da ponta, e o segundo o “Tiresia”.

CC: Em 2000 foi o “Le Ponographe”, assim que eu me mudei pra França. A gente filmou em 2002 o “Tiresia” e em 2003 ele foi para o Festival de Cannes, na seleção oficial, e entrou no circuito de festivais em 2003.

MCB: Então você não tinha experiência como atriz...

CC: Como atriz profissional não, eu tinha feito um pouquinho de teatro, dança e só. Então, realmente, ele foi muito audacioso.

MCB: Você consegue se lembrar do primeiro set? Como foi?

CC: Foi assim muito impressionante já quando eu fiz a ponta, porque eu nunca tinha visto aquela parafernália, o que é muito impressionante. E estar na frente de um ícone francês, da Nouvelle Vague, o Jean-Pierre Leaud, que trabalhou com o Godard, com o Truffaut.  Ele já estava completamente louco, então teve uma hora que eu estava com um shortinho pequenininho e tiveram que me tirar de perto dele porque ele ficava violento, não é uma pessoa mais assim que esta vibrando, é um ator que ficou bem atormentado. Mas enfim, isso me impactou muito. E depois “Tiresia” foi muito difícil nos primeiros dias, eu me lembro de uma timidez, um medo por causa da responsabilidade, porque eu passei seis meses de teste. A produtora não queria me escolher porque eu era desconhecida, nunca tinha feito nada.

MCB: Língua não foi problema?

CC: Não foi, porque ele queria uma pessoa com sotaque para fazer o papel. 

MCB: Mas ela não queria...

CC: A produtora não queria porque eu era desconhecida, porque eu não era francesa, por causa de um monte de fatores que leva os produtores a não quererem uma pessoa para o papel principal, que não tem nome. Então ele realmente foi muito corajoso, e foi ao longo dos testes que a gente foi se conhecendo, Eu acho que cinema também é uma história de encontros, né, então ele entendeu como que eu funcionava como pessoa. Eu acho que ele me escolheu mais pela pessoa que eu era naquele momento, porque agora eu já cresci, ne, do que realmente pela minha noção de atuar. Você entende a diferença? 

MCB: É mesmo uma ousadia, já chegando como protagonista no cinema francês e fazendo uma....

CC: Uma travesti, uma transexual, com um peru no meio das pernas e barba, toda essa transformação. Exatamente por isso que eu acho que ele precisou desses seis meses para poder me conhecer, para ver se eu iria encarar mesmo todo esse desafio e essa responsabilidade. Porque você precisa ter uma disciplina, e eu tenho, sou muito obediente, eu aprendi isso no balé, isso me ajudou muito na minha profissão. De parar toda a vida e ficar completamente focada no trabalho para poder disponibilizar de mim tudo aquilo que o diretor precisa. Ele entendeu isso em mim, mas foi corajoso da parte dele também acreditar e apostar. 

MCB: Você também foi corajosa.

CC: É, porque a primeira vez que eu me vi de barba eu levei um susto. Também é uma transformação e tanta mesmo, você se vê ambígua, é meio monstruoso, realmente mexe. Eu falo em várias entrevistas que eu tive sonhos eróticos com as minhas amigas porque eu fiquei portando uma prótese peniana no meio das minhas pernas, então tem toda essa experiência mesmo. Desde então o transexualismo me acompanha, eu fiz peça de teatro com as travestis lá no Rio, projeto com elas de ensinar a profissão de atriz. Porque você abraça a causa e eu sempre também fui convidada para muitos filmes da temática gay e trans, daí virou um universo que eu conheço e que agora, para mim, é frequente graças a esse filme. A beleza do cinema é a beleza da minha profissão. 

MCB: O “Tiresia” é um filme que teve uma carreira muito bacana, não e´? foi muito falado.

CC: Teve, circulou muito bem e foi para vários festivais muito importantes.

MCB: E acabou colocando seu nome no cinema francês, porque você fez muitas coisas na França.

CC: Exatamente, eu faço bastante coisas lá, menos longas e mais curtas, com o pessoal mais novo também. No total foram de 18 filmes, então eu tenho um pé lá. Eu decidi voltar porque um filme meu iria ser lançado no Brasil e eu estava louca para voltar.

MCB: Que é o “Embarque imediato” (2009 – Alan Fiterman).

CC: “Embarque imediato”, exatamente. Em 2008 eu voltei para o lançamento do “Embarque Imediato”, que não aconteceu em 2008, só foi acontecer em 2010, Mas aí tive um encontro maravilhoso com a Paula (Gaitán), graças a Ava Rocha, que tinha visto o “Tiresia”. Ela falou “mãe, essa atriz eu queria para o meu filme, mas como eu não vou fazer o meu filme eu dou ela para você”. E aí a gente se encontrou em um café no Parque Lage e já foi uma empatia maravilhosa, acho mesmo por sintonia, questão de valores mais uma vez, de vida, do jeito que você compreende a vida.

MCB: Como você chegou ao “Embarque imediato”, eles te convidaram?

CC: Eles me convidaram. Depois que eu fiz o “Tiresia” eu voltei a ser garçonete, porque tem a realidade da vida. É um filme que eu não ganhei muito dinheiro para fazer, é muito difícil você conseguir fazer um projeto atrás do outro, não é porque um filme seu vai para o festival... E aí também tem a coisa de eu ser estrangeira, e fazer o papel de uma travesti também marca as pessoas. Enfim eu não tive projetos ao longo, então continuei trabalhando como garçonete. Um dia meu telefone tocou e o cara disse assim pra mim “Aqui é o Marcelo Florião, eu sou um produtor de cinema de Los Angeles”. Eu falei “rárárá, conta outra né, porque eu tenho muito feijão para servir aqui no Favela Chique, da licença que eu tenho que trabalhar”. Desliguei e comecei a rir. Ele ligou de novo no outro dia, no horário comercial, e falou “É sério, eu vi seu filme e queria muito que você fizesse o papel, é uma comédia”. Aí eu me senti muito lisonjeada, porque foi um convite, porque era a minha chance de vim para o Brasil também, eu estava louca para voltar.

MCB: Um filme com a Marília Pêra.

CC: Com a Marília Pêra e o José Wilker. 

MCB: E o Jonathan?

CC: Jonathan Haagensen.

MCB: Eu vi esse filme.

CC: Você viu? Que maravilha! Ele demorou tanto para ser lançado. Ao contrario do cinema de autor, o cinema que é mais de comédia se não é lançado no momento que faz ele perde.

MCB: É como se passasse o tempo dele.

CC: Exatamente. Eu acho que isso foi a grande pena desse filme, porque depois eu vi que já estavam usando as piadas do nosso filme em novela, quer dizer, o lançamento demorou muito. Mas a experiência foi ótima, porque foi a minha primeira experiência aqui no Brasil em um set brasileiro. Imagina, Marilia Pêra, que é a minha ídola. Eu vi “Pixote” (Pixote, a lei do mais fraco, 1981, Hector Babenco) adolescente, um filme que marcou a minha vida. Então contracenar com ela foi frio na barriga, foi tudo igual, não adianta, frio na barriga, volta tudo de novo.

MCB: Depois do “Desembarque” você faz alguns curtas, não é isso?

CC: Faço um trabalho com a Magali (Magistray – “Cinderela”, 2011; com quem já fizera antes, em 2007, “La peau vive), que é uma diretora francesa. Agora, recentemente, eu trabalhei com a Claudia Ohana, que dirigiu seu primeiro curta metragem.

MCB: Como se chama?

CC: “Um dia vermelho na dama de uma alma vermelha”, é um nome bem comprido, não foi lançado ainda, acabou de ficar pronto. É um curta bacana, é uma história de uma serial killer que se prostitui para matar, tem todo um universo fantástico. Foi o primeiro filme dela e teve um convite bacana, por causa de identificação. Fiz entre o “Embarque” e o ‘Exilados do vulcão (2013, Paula Gaitán)”, que são dois longas. Fiz muitos curtas e voltei a fazer teatro, porque aí também voltei ao Brasil. o que foi ótimo, voltei depois de muitos anos.

MCB: Voltou a fazer teatro no Rio ou em São Paulo?

CC: No Rio, principalmente no Rio, com a Solina Sodré. Esse projeto que a gente tinha com as travestis, a gente fez uma peça que durou anos, que era “Transchekhovs”. Para dar papel de mulher para todas as travestis a gente pegou vários textos do Chekhov e picotou, só travestis no palco e eu, por causa do “Tiresia”. Foi uma experiência maravilhosa. Depois disso eu continuei trabalhando um pouco no Instituto do Ator, aí fui para Londres e trabalhei com o Gerald Thomas, fiz uns filmes lá também, curta que era pra ser longa, mas não tinha dinheiro e virou curta. Voltei para o Rio, trabalhei com o XPTO, que é uma trupe de teatro de bonecos, que foi quando eu morei em Minas Gerais por três meses, no ano passado, apresentando só para pedreiro.

MCB: Onde?

CC: Em Belo Horizonte. Mas a gente rodava tudo, fomos para Ouro Preto. Era uma peça de segurança no trabalho, então eu fazia a senhorita Patrícia, fazia a Dona Cassandra, tudo de boneca. Cassandra, que comia entulho e passava mal para dar um toque pra galera reciclar. Fazia Pedrita Brito, que era uma britadeira que ficava surda porque não usava protetor de ouvido. Uma experiência maravilhosa também no teatro de bonecos.

MCB: Ou seja, experiências completamente diversificadas.

CC: O que é fascinante! Muda muito, ne? Você saí da rotina. Saí do filme da Paula, “Exilados do vulcão”, que tem toda uma interiorização... Você assiste ao filme e não consegue imaginar que eu falo a mil por hora, que sou essa pessoa espoleta, porque é tudo contido. Aí depois vai para o teatro de bonecos... Aí voltei depois para o Rio, fiz teatro lá no SESC Copacabana com o Lucas Belinsky.  Então esse percurso lindo, que agora, ainda bem, eu estou conseguindo emendar um trabalho no outro, coisa que não aconteceu depois do “Tiresia” apesar do sucesso de críticos, sucesso de festival. Demorou para eu começar a viver realmente da profissão de atriz, e ainda não sei, é uma profissão difícil.

MCB: Vamos falar agora do “Exilados”.  O cinema da Paula Gaitán é muito singular. E ali é muito impressionante, porque ainda que tenha toda a estética dela, que é bem reconhecível para quem conhece o cinema dela - “Diário de Sintra”, “Vida” - o “Exilados” está muito focado nos atores. O ator está o tempo todo, em close. Como foi fazer esse filme? Você, que como mesmo disse, é tão espoleta?

CC: Eu fiquei três anos me preparando com a Paula para fazer esse filme, e a preparação foi a coisa mais maravilhosa do mundo. Fui tomar café, ver filmes, ouvir todas as transformações. Todos os tratamentos de roteiro eu estava perto, eu fui a primeira pessoa do elenco a entrar, então toda pessoa que entrava no elenco eu acompanhava o processo de seleção e de encontro que ela teve com os outros atores. Então isso foi me imbuindo muito, daí quando chegou no set eu já estava muito recheada, assim quase que para explodir mesmo. E tiveram cenas de catarse que, claro, não entraram, nas quais eu alcancei lugares de alta exposição impiedosa, explosivas, que nem eu mesma me reconheci em lugares que eu entrei, de catarses. Claro que não entraram porque não cabiam dentro do filme, como também tiveram cenas de diálogos que não entraram. Mas eu fiquei completamente freira, no final de semana, que era nossa folga, eu não saia à noite, eu fiquei muito isolada para poder guardar essa energia de calma, esse tempo que você falou, essa respiração de tempo que o cinema dela tem e não é meu.  

MCB: Como foi ser dirigida por ela? 

CC: A Paula estava procurando uma atriz para o seu filme e Ava (Rocha) sugeriu que ela me encontrasse. Paula me escreveu e nos encontramos no Parque Lage para um café que durou umas três horas. Começamos a nos ver com frequência, a pesquisar, ir ao cinema, teatro, museus, shows, ficamos muito amigas. Acompanhei de perto cada etapa do filme, isso me ajudou muito na composição da personagem. Foi muito bom ser dirigida pela Paula porque teve esta cumplicidade de um longo tempo de preparação. Foram três anos antes de filmar, viajamos muitas vezes para as locações do filme, em Cataguases, MG, o que me permitiu conhecer de perto cada paisagem mostrada no filme.

MCB: Foi muito difícil compor a sua personagem? 

CC: Foi um trabalho artesanal, que levou tempo e foi feito com delicadeza. Na hora de filmar estava tudo lá, já tinha outro tempo dentro de mim, foi muito agradável.

MCB:- Como foi o contato com as outras atrizes do filme? 

Foi incrível, trabalhar com essas mulheres que admiro tanto e que compuseram o filme imprimindo tanta força cênica... Tive o privilégio de ensaiar antes com cada uma, foi lindo!
MCB: Todas as atrizes estão lindamente fotografadas no filme. Como é para você se ver no filme? 

CC: Realmente estamos sublimadas pelo olhar da Paula. O fotografo Inti Briones entrou em sintonia com o universo da Paula e conseguiu realmente captar esta essência da beleza feminina. Gosto do resultado, gosto muito, e, às vezes, nem acredito que sou eu. Ninguém usou maquiagem, isso também é impressionante. 

MCB: Você está envolvida em algum novo projeto? 

CC: Sim, vários. Entre teatro e cinema. Estou num outro projeto com a Paula Gaitán, o que está sendo maravilhoso, e no primeiro longa do Pedro Sodré, “Rio-Mumbai”. Filmamos já um pedaço e devemos terminar as filmagens no primeiro semestre de 2014. No teatro, estou com dois projetos em andamento.

MCB: Para terminar, qual o último filme que você assistiu?

CC: Foi o “Tatuagem” (2013, Hilton Lacerda), e adorei.

MCB: Qual mulher do cinema brasileiro, de qualquer época e de qualquer área, você deixa registrada na sua entrevista como uma homenagem?

CC: A Fernanda Torres em “A Marvada Carne” (1985) como a Sá Carula (e imita a fala da personagem). Inesquecível.

MCB: Muito obrigado pela entrevista.


Entrevista realizada na 17ª Mostra de Cinema de Tiradentes, em janeiro de 2014.

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Sala 
 Sala Dina Sfat
Atriz intensa nas telas e de personalidade forte, com falas polêmicas.