Ano 20

Betty Faria

*08 de maio de 1941 - Rio de Janeiro - RJ

Cena de Bens confiscados, 2004, Carlos Reichenbach
Cena de Bens confiscados, 2004, Carlos Reichenbach
Betty Faria é uma das atrizes mais importantes da televisão brasileira. No entanto, o veículo onde ela explora melhor todas as suas potencialidades é o cinema, declaradamente a grande paixão da atriz. Desde sua estreia na década de 60 que Betty Faria é presença constante nas telas e em filmes expressivos. A atriz costuma brincar, dizendo que o cinema brasileiro é o seu grande príncipe e que ela está sempre disponível para ele, a espera de convites.Ao trabalhar na produção de Jubiabá, de Nelson Pereira dos Santos, aprendeu e entendeu os dois lados de se fazer cinema no Brasil. 

Bailarina, Betty Faria marcou presença em revistas musicais no inicio da carreira, com trabalhos para o mitológico Carlos Machado. Muito anos depois, protagonizou o programa Brasil pandeiro, na Globo, em que homenageava o teatro de revista. Desenvolveu uma carreira importante nas novelas em marcos como Pecado capitalTieta, e em muitas outras, mas é o cinema que revela em tamanho exato o talento da atriz, que mistura em suas interpretações um certo ar malandro e uma entrega absoluta e apaixonada de quem realmente ama o cinema. 

Premiada e homenageada pelos nossos Festivais, Betty Faria já atuou em mais de 20 filmes. Estreou no cinema nos anos 60 em O beijo, de Flávio Tambellini, marca presença no Cinema Marginal, e tem seu primeiro grande papel  em A estrela sobe, de Bruno Barreto, em 1974. Durante a carreira, a atriz teve a felicidade de interpretar pelo menos quatro personagens inesquecíveis: a Leniza Mayer de A estrela sobe, a Salomé de Bye bye Brasil, a Fausta deRomance da empregada, e a Dália de Anjos do arrabalde. Romance da empregada é o melhor filme de Bruno Barreto – na época, a interpretação da atriz fez sucesso no Festival de Cannes. JáBye bye Brasil, de Carlos Diegues, é um dos nossos maiores clássicos. Outros grandes momentos são a Serena de Bens confiscados, de Carlos Reichenbach - é co-produtora do filme; e a Elza deChega de saudade, de Laís Bodanzki.


Filmografia

O beijo, 1964, Flávio Tambellini
Amor e desamor, 1965, Gerson Tavares
A lei do cão, 1967, Jece Valadão
As sete faces de um cafajeste, 1968, Jece Valadão
Piranhas do asfalto, 1970, Neville D´Almeida
Os monstros do babaloo, 1970, Elyseu Visconti
Som, amor e curtição, 1972,  J.B. Tanko
A estrela sobe, 1974, Bruno Barreto
O casal, 1975, Daniel Filho
Dona flor e seus dois maridos, 1976, Bruno Barreto
O cortiço, 1978, Francisco Ramalho Jr.
Bye bye Brasil, 1979, Carlos Diegues
O bom burguês, 1983, Oswaldo Caldeira
Jubiabá, 1987, Nelson Pereira dos Santos
Anjos do arrabalde, 1986, Carlos Reichenbach
Um trem para as estrelas, 1987, Carlos Diegues
Romance da empregada, 1988, Bruno Barreto
Lili, a estrela do crime, 1989, Lui Farias
Perfume de gardênia, 1995, Guilherme de Almeida Prado
For all, o trampolim da vitória, 1997, Buza Ferraz e Luiz Carlos Lacerda
Sexo, amor e traição, 2004, Jorge Fernando
Bens confiscados, 2004, Carlos Reichenbach
Chega de saudade, 2007, Laís Bodanzki
Dzi croquettes, 2009, Tatiana Issa e Raphael Alvarez

Veja também sobre ela
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Sala 
 Isabel Ribeiro
Presença luminosa nas telas, brilhou no cinema, teatro e televisão.