Karen Harley
*Pernambuco
A montadora Karen Harley nasceu em Pernambuco.
Karen Harley atua na área desde os anos 1990, e seus primeiros trabalhos em montagem foram realizados junto à Mair Tavares. A dupla assinou a montagem de dois filmes de Carlos Diegues: Veja esta canção (1994), filme feito em parceria com a TV Cultura e que teve seu lançamento primeiro na TV; e Tieta do agreste (1996), adaptação da obra de Jorge Amado e que marcou o retorno da atriz Sônia Braga ao cinema brasileiro. Outro filme de sucesso montado pelos dois foi O quatrilho (1995), dirigido por Fábio Barreto e indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
Mas foi nos anos 2000 que Karen Harley dá início aos trabalhos solos e parcerias marcantes. Em 2001, monta, como João Jardim, Janela da alma, documentário de sucesso dirigido por Jardim e Walter Carvalho. Em 2002 também assina a montagem em dupla, dessa vez com Aluísio Abranches, do filme As três marias, dirigido por Abranches.
Karen Harley inicia parceria interessante com o finlandês Mika Kaurismaki, cineasta apaixonado pela cultura brasileira, e juntos trabalham nos filmes: Moro no Brasil (2002), Honey baby (2003), Brasileirinho (2005), Mama áfrica (2011).
Karen Harley torna-se parceira também de duas grandes revelações do cinema dos anos 2000. Para Marcelo Gomes monta o ótimo Cinema aspirinas e urubus (2005), filme premiado em vários festivais, inclusive em Cannes. E para Cláudio Assis monta o polêmico Baixio das bestas (2006), que recebeu seis prêmios no Festival de Brasília, incluindo o de Melhor Filme.
Outros filmes em que Karen Harley assinou a montagem na época são o curta Nascente (2005), do mineiro Helvécio Marins, e o longa Hércules 56 (2006), de Sílvio Da-Rin.
Repete a dobradinha com Marcelo Gomes nos filmes seguintes do diretor: Viajo porque preciso, volto porque te amo (2009 - dirigido com Karim Ainouz), e Era uma vez eu, verônica.
E volta a trabalhar com Cláudio Assis em A febre do rato (2011).
Karen Harley montou também: Fronteira (2008), de Rafael Conde; A festa da menina morta (2008), de Matheus Nachtergaele; A coleção invisível (2012), Bernard Attal.
Karen Harley dirigiu o vídeo Com o oceano inteiro para nadar (1997), documentário sobre o artista plástico Leonilson, que recebeu o prêmio especial do Júri no “13º Rio Cine Festival” e o de Melhor Filme no “5º Festival Mix Brasil”.
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