Ano 20

Eliana

*21 de setembro de 1926, +18 de junho de 1990 - Portela - RJ


Pensar em Eliana é abrir a cortina de um dos gêneros mais populares e rentáveis do cinema brasileiro: as Chanchadas. Estrela maior das ingênuas comédias musicais das décadas de 1940 e 50, mal vistas pela crítica, mas amadas pelo público, Eliana reinou em filmes dos maiores nomes do gênero: Watson Macedo e Carlos Manga.

Integrante de uma numerosa família formada por oito irmãos, desde pequena Eliana demonstrava pendores artísticos – era a mascote da banda dos irmãos e dirigida pelo pai. O destino parecia que reservaria para ela a profissão de professora, mas a mudança dos pais para o Rio de Janeiro para se aproximarem do parente famoso, Watson Macedo – já na Atlântida – mudou radicalmente sua vida. Lançada pelo tio em E o mundo se diverte, em 1948, Eliana inicia uma carreira de sucesso nas telas, onde se torna a Rainha das Chanchadas. Se na TV o título cabe a Regina Duarte, no cinema nacional a coroa de Namoradinha do Brasil será eternamente de Eliana, que também assinava o nome de Eliana Macedo. Eliana foi a perfeita personificação do espírito das chanchadas, com sua persona que aliava malícia ingênua e coquete.   

Em inúmeros filmes fez parceria musical com Adelaide Chiozzo, para alegria da legião de fãs que adorava os números musicais da dupla. Com os galãs Anselmo Duarte e Cyl Farney fez suspirar gerações de mocinhas enamoradas. Em 1954, Eliana foi premiada com o Saci de Melhor Atriz por A outra face do homem, de J.B. Tanko. Com o fim das chanchadas, ela se retirou do cinema nacional. Em 1979, o dramaturgo e novelista Bráulio Pedro homenageou o universo da Atlântida na novela Feijão maravilha, reunindo um elenco com alguns de seus maiores nomes: Eliana, Adelaide Chiozzo, Grande Otelo, Anselmo Duarte, José Lewgoy, Ivon Cury, Heloisa Helena.


Filmografia

E o mundo se diverte, 1948, Watson Macedo
A sombra da outra, 1949, Watson Macedo
Carnaval no fogo, 1949, Watson Macedo
Aviso aos navegantes, 1950, Watson Macedo
Aí vem o barão, 1951, Watson Macedo
Carnaval atlântida, 1952, Carlos Manga e José Carlos Burle
Amei um bicheiro, 1952, Jorge Ileli e Paulo Wanderley
Nem sansão, nem dalila, 1954, Carlos Manga
Malandros em quarta dimensão, 1954, Luiz de Barros
A outra face do homem, 1954, J.B. Tanko
Guerra ao samba, 1954, Carlos Manga
Sinfonia carioca, 1955, Watson Macedo
Depois eu conto, 1956, José Carlos Burle
Vamos com calma, 1956, Carlos Manga
A doutora é muito viva, 1957, Ferenc Fekete
Rio fantasia,1957, Watson Macedo
O barbeiro que se vira, 1957, Eurídes Ramos
Alegria de viver, 1958, Watson Macedo
E o espetáculo continua, 1958, José Cajado Filho
Maria 38, 1959, Watson Macedo
Titio não é sopa, 1959, Eurídes Ramos
Samba em brasília, 1960, Watson Macedo
Três colegas de batina, 1961, Darcy Evangelista
Um morto ao telefone, 1963, Watson Macedo
Assim era a atlântida, 1975, Carlos Manga

Veja também sobre ela
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Sala 
 Isabel Ribeiro
Presença luminosa nas telas, brilhou no cinema, teatro e televisão.