Ano 20

Isabel Ribeiro

*08 de julho de 1941, +13 de fevereiro de 1990 - São Paulo - SP

cena de Os condenados, 1973, Zelito Vianna
cena de Os condenados, 1973, Zelito Vianna
Isabel Ribeiro era a intérprete capaz de dar voz aos personagens mais densos e introspectivos possíveis e com igual medida também aos mais doces. Seu rosto era uma máscara onde tudo podia ser escrito, pois a atriz possuia uma capacidade de incorporar uma gama infindável de signos. Presença luminosa nas telas, brilhou em quase trinta filmes, e também no teatro e na telvisão. 

Isabel Ribeiro perdeu o pai aos seis meses, fato que abalou a família, sobretudo financeiramente. Começou a trabalhar cedo, e, no início dos anos 1960 se apaixona pelo teatro, pisando no palco pela primeira vez em A bruxinha que era boa, de Maria Clara Machado. Mas foi no Arena, com Augusto Boal, que faz sua primeira peça adulta, A mandrágora, iniciando aí uma carreira importante nos palcos brasileiros. Nos anos 70 chega também à televisão, veículo que a sempre requisitará e onde atuará em inúmeras novelas de sucesso - um de seus grandes momentos é em Duas vidas, de Janete Clair. Ainda nos anos 60 estreia no cinema em ABC do amor, no episódioO pacto, dirigido por Eduardo Coutinho, primeiro de uma importante e premiada carreira.

Na década de 70, Isabel Ribeiro tem dois de seus melhores momentos no cinema nacional. Em 1972 é escalada por Leon Hizsman para interpretar Madalena em São Bernardo, sua adaptação cinematográfica do romance homônimo de Graciliano Ramos . A atriz está perfeita no papel, em perfeita dobradinha com Othon Bastos - prêmio Air France de Melhor Atriz. Já em 73 é a vez da prostituta Alma em Os condenados, de Zelito Vianna. Isabel Ribeiro recebeu também prêmios no Festival de Gramado por Parceiros da aventura, de José Medeiros, e pelo curta A voz da felicidade, de Nelson Nadotti.


Filmografia

ABC do amor, episódio O pacto, 1966, Eduardo Coutinho
Todas as mulheres do mundo, 1966, Domingos Oliveira
Garota de ipanema, 1967, Leon Hirzsman
Lance maior, 1968, Sylvio Back
Como vai, vai bem?, episódio A primeira cama,1968, Alberto Salvá
Os herdeiros, 1968/69, Carlos Diegues
Tempo de violência, 1969, Hugo Kustner
Azyllo muito louco, 1970, Nelson Pereira dos Santos
O doce esporte do sexo, 1971,Zelito Vianna
São bernardo, 1972, Leon Hirszmman
Quem é beta?, 1972, Nelson Pereira dos Santos
Amor, carnaval e sonhos, 1972, Paulo César Saraceni
Toda nudez será castigada, 1973, Arnaldo Jabor
Os condenados, 1973, Zelito Vianna
Os homens que eu tive, 1973, Teresa Trautman
Deliciosas traições do amor, episódio Olhar, 1975, Domingos Oliveira
A queda, 1976, Ruy Guerra e Nelson Xavier
Na ponta da faca, 1977, Miguel Faria Jr.
Coronel delmiro gouveia, 1978, Geraldo Sarno
O coronel e o lobisomem, 1979, Alcino Diniz
O menino arco-íris. 1979, Ricardo Bandeira
Parceiros da aventura, 1980, José Medeiros
A missa do galo,1982, curta, Nelson Pereira dos Santos 
De grens, 1984, Leon de Winter
Besame mucho, 1987, Francisco Ramalho Jr.
Feliz ano velho, 1987, Roberto Gervitz
A voz da felicidade, 1988, curta, Nelson Nadotti

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Sala 
 Isabel Ribeiro
Presença luminosa nas telas, brilhou no cinema, teatro e televisão.