Ano 20

Márcia Rodrigues

*11 de maio de 1949 - Rio de Janeiro - RJ

Cena de Matou a família e foi ao cinema, 1969, Julio Bressane
Cena de Matou a família e foi ao cinema, 1969, Julio Bressane
Com uma filmografia marcada por alguns dos mais importantes e expressivos cineastas brasileiros, Márcia Rodrigues se consagrou como a Garota de Ipanema no cinema. Dois anos depois, causa sensação, em dobradinha com Renata Sorrah, no arrasador Matou a família e foi ao cinema, marco do Cinema Marginal dirigido por Júlio Bressane.

Márcia Rodrigues iniciou seus estudos artísticos aos 15 anos ao ingressar em escola de teatro - pouco depois protagoniza o curta O quarto movimento, de Joel Macedo, que lhe vale um prêmio. Em 1967 é escalada pelo grande Nelson Pereira dos Santos para o filme El justiceiro. Pronto, nascia aí uma das musas do Cinema Novo e com um filme marcante do Cinema Marginal, dois dos mais importantes movimentos cinematográficos brasileiros. No mesmo ano, Leon Hirszman, outro gigante do Cinema Novo, realiza Garota de ipanema e realiza testes com várias atrizes para escolher a protagonista. Márcia Rodrigues vence o páreo e recebe o prêmio Air France de Atriz Revelação por esse papel. Ainda no final dos anos 60, a atriz tem outro momento inesquecível nas telas em Matou a família e foi ao cinema – sua cena de amor e morte com Renata Sorrah ao som de Roberto Carlos é uma das mais belas cenas de nosso cinema.

Márcia Rodrigues estreia em novelas em 1971 em Bandeira 2 - atua em poucas produções - tem passagem pelo teatro, mas é o cinema o seu veículo preferido. Com uma notável filmografia, a atriz brilha nos anos 60, 70 e 80, em filmes – além dos citados – de nomes como Domingos de Oliveira, Eduardo Coutinho, Maurício Gomes Leite, David Neves, Haroldo Marinho Barbosa, Neville D’Almeida, Antônio Calmon e Walter Hugo Khouri.


Filmografia

O quarto movimento, 1966, curta, Joel Macedo
El justiceiro, 1967, Nelson Pereira dos Santos
Todas as mulheres do mundo, 1967, Domingos de Oliveira
Garota de ipanema, 1967, Leon Hirszman
O homem que comprou o mundo, 1968, Eduardo Coutinho
A vida provisória, 1968, Maurício Gomes Leite
Fome de amor, 1968, Nelson Pereira dos Santos
Matou a família e foi ao cinema, 1969, Júlio Bressane
O donzelo, 1970, Stefan Wohl
Lúcia mcCartney, uma garota de programa, 1971, David Neves
Vida de artista, 1972, Haroldo Marinho Barbosa
Ovelha negra, uma despedida de solteiro, 1974, Haroldo Marinho Barbosa
Gente fina é outra coisa, 1977, Antônio Calmon
A dama do lotação, 1978, Neville D’Almeida
Menino do rio, 1982, Antônio Calmon
Amor voraz, 1984, Walter Hugo Khouri
Brás cubas, 1985, Júlio Bressane

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Sala 
 Isabel Ribeiro
Presença luminosa nas telas, brilhou no cinema, teatro e televisão.