Ano 20

Marisa Orth

*21 de outubro de 1963 - São Paulo - SP

Cena de Doces poderes, 1997, Lúcia Murat
Cena de Doces poderes, 1997, Lúcia Murat
O final dos anos 1980 e os primeiros anos da década de 90 foram muito difíceis para o cinema brasileiro, sobretudo para os filmes em longa-metragem. A cultura, em todos os segmentos, sofreu enormemente com a desastrosa passagem do Governo Collor, e o cinema nacional quase virou terra devastada. Coube aos curta-metragistas e alguns diretores de longas oxigenar nossas telas com filmes aplaudidos pela crítica e pelo público. E foi nesse período que a atriz Marisa Orth estreou nas nossas telas, atuando em curtas de primeira ordem e também nos longas resistentes.
 
Nascida em São Paulo e formada em psicologia, Marisa Orth acabou optando pela carreira artística e estreia nos palcos na década de 80. Desde essa época constrói carreira regular no teatro, em espetáculos que exploram seu lado dramático, Três mulheres altas, e sua veia cômica, O caso da rua ao lado – nesse segmento, integra como cantora a banda de covers bregas, `Vexame’. Marisa Orth estreia em novelas em 1990, com sucesso imediato com sua personagem Nicinha em Rainha da sucata, e se consagra em 1996  como a Magda do seriado  Sai de baixo. A atriz atua em seu primeiro longa no interessante, mas injustamente pouco conhecido, Não quero falar sobre isso agora, de Mauro Farias, em 1991. Como é um período complicado para o cinema nacional, intercala atuações no longa Capitalismo selvagem, do grande André Klotzel, e em curtas ótimos como Tanta estrela por aí, de Tadeu Knudsen, e A origem dos bebês segundo kiki cavalcanti, de Anna Muylaert - se tornando uma das musas do cinema da cineasta.
 
Passado o momento crítico do cinema brasileiro, Marisa Orth dá continuidade à sua carreira nas telas. A atriz protagoniza Doces poderes, de Lúcia Murat - com quem voltaria a atuar depois em Maré, nossa história de amor -, em fase da retomada do cinema brasileiro, e atua também em filmes de Ugo Giorgetti e Luiz Villaça. Entra os anos 200 atuando em curtas e longas, com destaque para Durval discos, de Anna Muylaert. 


Filmografia

A mulher fatal encontra o homem ideal, 1987, curta, Carla Camurati
Não quero falar sobre isso agora, 1991, Mauro Farias
Tanta estrela por aí, 1992, Tadeu Knudsen
Capitalismo selvagem, 1993, André Klotzel
A origem dos bebês segundo kiki cavalcanti, 1995, curta, Anna Muylaert
Doces poderes, 1997, Lúcia Murat
Boleiros – era uma vez o futebol, 1998, Ugo Giorgetti
Por trás do pano, 1999, Luiz Villaça
Almas em chama, 2000, curta, Arnaldo Galvão
Durval discos, 2002, Anna Muylaert
Os normais - o filme, 2003, José Alvarenga Jr.
Como fazer um filme de amor, 2004, José Roberto Torero
Maré, nossa história de amor, 2007, Lucia Murat
É proibido fumar, 1009, Anna Muylaert
Família vende tudo, 2011, Alain Fresnot


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Sala 
 Isabel Ribeiro
Presença luminosa nas telas, brilhou no cinema, teatro e televisão.