Ano 20

Tetê Moraes

*1943 - Rio de Janeiro - RJ


A cineasta Tetê Moraes nasceu no Rio de Janeiro, em 1943.

Tetê Moraes formou-se em direito pela UFRJ, em 1966, mas já nesses anos, de 67 a 70, atuou no jornalismo em várias frentes. Uma delas foi como diagramadora no jornal O Sol, marco da imprensa alternativa no país, um veículo de oposição à ditadura militar nos anos 1967 e 1968. 

Tetê Moraes foi presa pela ditadura e se exilou. Morou no Chile, nos Estados Unidos, na França e em Portugal, trafegando pelo jornalismo, pela pesquisa e pela educação. Nos Estados Unidos fez mestrado em comunicação na American University.

Em 1979 retornou ao Brasil. Na volta, trabalhou como professora do departamento de comunicação da PUC-RJ.

Estreia no cinema na década de 1970. O primeiro média é realizado em Portugal, Aulas e azeitonas, sobre o cotidiano a região do Alentejo após a Revolução dos Cravos – co-dirigido com Aída Ferreira.

No Brasil, dirige, em 1981, o curta Quando a rua vira casa, sobre planejamento urbano no bairro carioca do Catumbi.

Em 1982 dirige e roteiriza o documentário em longa Lages, a força do povo, sobre administração pública da cidade Catarinense de Lages.

Tetê Moraes dirige e produz vários filmes e vídeos documentários para a BBC de Londres e outras TVs européias. Um dos trabalhos feitos para a BBC é a série Brazil, Brazil, em 1985, co-dirigido com Mary Stuart e Peter Riding, formada por quatro filmes de 52 minutos.

Em 1987, Tetê Moraes dirige o premiado Terra para rose sobre a luta de trabalhadores rurais pela reforma agrária. Emocionante filme cuja protagonista é uma das mulheres em luta, a Rose do título, o filme tem narração de Lucélia Santos. 

Terra para rose é um dos mais notáveis documentários da década de 1980, projetando o nome da cineasta em todo o país - Prêmio de Melhor Filme no Festival de Brasília e em Havana.

Em 1997, Tetê Moraes volta a se encontrar com os personagens do filme anterior em O sonho de rose – 10 anos depois. Novamente narrado por Lucélia Santos, O sonho de rose – 10 anos depois foi premiado em Havana e agraciado no Festival do Rio com o prêmio de Melhor Documentário pelo público.

Em 2006, Tetê Moraes revive a trajetória do jornal O Sol no documentário em longa O sol – caminhando contra o vento, co-roteirizado por Martha Alencar. Tetê Moraes foi diagramadora do jornal O Sol, em equipe que agregava nomes como Reynaldo Jardim e Ziraldo.

O sol – caminhando contra o vento conta com depoimentos de várias personalidades, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Bete Mendes, Fernando Gabeira, Arnaldo Jabor, Ziraldo, Carlos Heitor Cony, Ziraldo, e muitos outros.

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Sala 
 Ana Carolina
Cineasta de assinatura personalíssima e de filmografia inquietante.