Ano 20

Edla van Steen

*12 de julho de 1936 - *Florianópolis - SC

Cena de Na garganta do diabo (à frente), 1959, Walter Hugo Khouri
Cena de Na garganta do diabo (à frente), 1959, Walter Hugo Khouri
Edla van Steen é uma das protagonistas de Na garganta do diabo.

Edla van Steen é filha de mãe de origem alemã e pai belga, ele Cônsul Honorário na capital catarinense. Na infância e adolescência morou em Curitiba, onde estudou em colégio de freiras. O primeiro trabalho foi em programa de rádio, transformando cartas em contos, em  função que vai projetar o papel da literatura em sua vida, e começa a escrever textos diversos para revistas, como a Divulgação, em Santa Catarina, e a Panorama, no Paraná. Nasce aí a premiada escritora, que publicará mais de 25 livros, entre contos, romances, peças de teatro, entrevistas e biografia. O primeiro é o livro de contos Cio, publicado em 1965, em obra que vai receber prêmios importantes como o Moliére. O Mambembe, o APCA, o Coelho Neto – Memórias do medo, Madrugada e Instantâneos são alguns de seus livros. Dona de beleza translúcida, aos 20 e poucos anos é convidada por Walter Hugo Khouri para ser uma das protagonistas femininas, ao lado de Odete Lara, em Na garganta do diabo (1959). No filme, que focaliza a chegada de quatro desertores da Guerra do Paraguai a um sítio na fronteira das Cataratas do Iguaçu, Edla e Odete são as irmãs Míriam e Ana, filhas do proprietário da terra. As duas atrizes magnetizam a tela desde o primeiro fotograma em que aparecem, em filme marcado por atmosfera e climas criados pela genial direção de Khouri.  Por sua interpretação, Edla recebeu os prêmios de Melhor Atriz pela Associação de Cronistas Cinematográficos, Prêmio Governador do Estado de São Paulo, e no III Festival de Cinema de Curitiba. Recebe ainda o prêmio de Melhor Revelação – Troféu Cinelândia e Menção Especial no Festival Latino-Americano, na Itália.

Edla van Steen atua em apenas mais um filme na carreira, mesmo com toda a repercussão do seu primeiro trabalho no cinema, pois privilegiou a carreira de escritora  e abandona a de atriz. É casada com o crítico Sábato Magaldi e vive em São Paulo. O segundo filme é o belo Anuska, manequim e mulher (1968), de Francisco Ramalho Jr.  Protagonizado por Francisco Cuoco e Marília Branco, o filme é sobre uma paixão desmedida de um empresário por uma bela jovem.


Filmografia

Na garganta do diabo, 1959, Walter Hugo Khouri
Anuska, manequim e mulher, 1968, Francisco Ramalho Jr.

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Sala 
 Isabel Ribeiro
Presença luminosa nas telas, brilhou no cinema, teatro e televisão.