Ano 20

Dina Lisboa

*12 de setembro de 1912, +04 de agosto de 1987 -*Angatuba – SP

Cena de Esquina da ilusão, 1953, Ruggero Jacobbi
Cena de Esquina da ilusão, 1953, Ruggero Jacobbi
Dina Lisboa atuou na Maristela e na Vera Cruz.

Dina Lisboa herdou da família o amor à arte, filha de pai músico e maestro de banda, Antônio Lisboa, tocava violino, violão, piano e era intérprete de canto lírico. Desde criança participava de apresentações artísticas em sua cidade, nas quais representava , cantava, dançava e recitava. Na juventude, ingressa no Conservatório Dramático e Musical, em São Paulo, no qual aprofunda estudos de canto, dança e declamação – participa com sucesso de recitais de declamação e também no rádio. Torna-se também poeta, com poemas publicados e lançados em disco. Ingressa na EAD – Escola de Arte Dramática em 1949, e é aí que se apaixona pelo teatro – a estreia profissional é em 1952 com as peças Heffmann, de Alfredo Mesquita, À margem da vida, de Tenessee William, Mr Boble, de Georges Shehade, e Pedacinho de gente, de Dario Nicodemi. A partir daí constrói importante trajetória nos palcos, integra o TBC – Teatro Brasileiro de Comédia - de 1953 a 1965, e atua em peças como Santa Marta Fabril S.A., A rainha e os rebeldes, Pedreira das Almas – Prêmio Saci e Prêmio Governador do Estado -, Yerma – Prêmio Governador do Estado. Outros sucessos foram Os fuzis da senhora Carrar, no Teatro de Arena, e os trabalhos em companhias como Cia Ruth Escobar, Cia Maria Della Costa, Cia Nydia Lícia – Sérgio Cardoso. A estreia na televisão é na década de 1960, e é na TV Tupi que vai atuar como mais constância – Nino, o italianinho (1969/70) A fábrica (1971/72), Vitória Bonelli (1972/73), Os apóstolos de Judas (1976) são algumas novelas. A estreia no cinema se dá ainda na fase de EAD, quando é convidado pelo diretor Ruggero Jacobbi para atuar em Presença de Anita (1951), uma produção da Maristela, em personagem de destaque, Augusta. No mesmo ano, atua em Suzana e o presidente (1951), também da Maristela e dirigida por Ruggero Jaccobbi.

Dina Lisboa estreia na Vera Cruz em Appassionata (1952), dirigido por Fernando de Barros e protagonizado por Tônia Carrero.  Depois, atua no mesmo estúdio em Esquina da ilusão (1953), de Ruggero Jacobbi. Todos os seus primeiros filmes são nessa fase inicial de sua carreira: O preço da ilusão (1957), de Nilton Nascimento; Rebelião em Vila Rica (1958), de Geraldo e Renato Santos Pereira; Meus amores no Rio (1958), de Carlos Hugo Christensen. Depois, retorna ás telas na década de 70, e brilha em Betão ronca ferro (1970) ao lado de Mazzaropi, em filme dirigido por ele, Geraldo Affonso Miranda e Pio Zamuner – com Mazzaropi também atua em Portugal... minha saudade (1973), dele e de Pio Zamuner.  Atua ainda em A arte de amar bem (1970), de Fernando de Barros, e em Que estranha forma de amar (1978), de Geraldo Vietri.


Filmografia

Presença de Anita, 1951, Ruggero Jacobbi
Suzana e o presidente, 1951, Ruggero Jacobbi
Appassionata, 1952, Fernando de Barros
Esquina da ilusão, 1953, Ruggero Jacobbi
O preço da ilusão, 1957, Nilton Nascimento
Rebelião em Vila Rica, 1958, Geraldo Santos Pereira e Renato Santos Pereira
Meus amores no Rio, 1958, Carlos Hugo Christensen
Betão ronca ferro, 1970, Geraldo Affonso Miranda, Pio Zamuner, Amácio Mazzaropi
A arte de amar bem, 1970, Fernando de Barros
Portugal... minha saudade, 1973, Amácio Mazzaropi e Pio Zamuner
Que estranha forma de amar, 1978, Geraldo Vietri.




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Sala 
 Isabel Ribeiro
Presença luminosa nas telas, brilhou no cinema, teatro e televisão.